Sete casos suspeitos da variante Ômicron são descartados no Paraná

Cientistas sul-africanos concluíram que as vacinas existentes contra a covid-19 evitam a doença grave com a variante Ômicron do SARS-CoV-2. Avanços preliminares de um estudo indicam que o teste de PCR permite perceber se o contágio é com a nova mutação, sem ter que segmentar o genoma.

A Rede de Vigilância do Genoma da África do Sul (NGS-SA) apresentou os estudos sobre a Ômicron à Comissão de Saúde do Parlamento.

Apesar de ainda necessitarem de tempo para ajustar os dados, sobre o que já consideram o início da quarta onda da pandemia, garantem que estão concentrados na transmissibilidade e no efeito da imunidade que as vacinas proporcionam.

“A genética da Ômicron é completamente diferente da variante Delta ou das variantes anteriores”, afirmou Richard Lessels, especialista em doenças infectocontagiosas.

Os cientistas ainda não sabem se o período da incubação se mantém numa média de cinco dias. No entanto, Lessels garante que “as vacinas são a ferramenta que pode evitar a doença grave e a hospitalização”.

“Estamos preocupados não tanto com o número de mutações, mas onde elas estão concentradas, porque muitas delas o fazem no pico da proteína e, especificamente, em partes-chave que são importantes para ter acesso às nossas células. Não sabemos se os anticorpos são capazes de lidar com elas”, acrescentou.

O especialista destacou que, “embora a maioria dos casos positivos com a nova variante tenha sintomas ligeiros, é muito cedo para dizer o nível de periculosidade da Ômicron, porque foi detectada muito recentemente. Não sabemos se vamos ver casos mais graves”.

A variante já está presente em todas as províncias da África do Sul. A dúvida dos especialistas é se ela vai substituir a Delta “que se propagava a níveis muito baixos”. Lessels afirma que o teste PCR é capaz de detectar a nova variante sem a necessidade de sequenciar o genoma.

“Se um dos três sinais ou alvos do PCR é negativo e os outros dois positivos, então o teste continua positivo, mas algo diferente é observado. Não é possível detectar o gene Skipe. E foi o que aconteceu no laboratório Lancet, em Gauteng [província no norte da África do Sul], onde descobriram que alguns casos positivos tinham esta marca: o nocaute do gene, o que não acontece com a variante Delta. Por isso, com o PCR podemos acompanhar o rastreamento da Ômicron em tempo real, não é necessário ter a sequência genética completa, o que costuma demorar duas semanas em laboratório”, explicou.

O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas da África do Sul confirmou, em novembro, que de 249 sequências localizadas, 183 eram da Ômicron. A imunidade pós-covid-19, cuja duração é desconhecida, não oferece proteção contra a nova variante.

A província de Gauteng (a mais populosa do país e que inclui as cidades de Pretória e Joanesburgo) continua a ser a que apresenta mais casos positivos diários, seguindo-se KuaZulu-Natal e Cabo Ocidental.

Oito dos 15 milhões dos habitantes de Gauteng não foram vacinados, e a taxa de transmissibilidade passou de um para 2,3.

“É claro que os jovens não vacinados são uma grande preocupação. Continuamos a enviar a mensagem de que ser vacinado é importante porque as pessoas imunizadas estão apresentando sintomas mais leves”, afirmou David Makhura, primeiro-ministro de Gauteng.

A Ômicron foi detectada em mais de 20 países, mas a África do Sul e Botsuana continuam a ser responsáveis por 62% dos novos casos identificados no mundo.

via redação Busão Curitiba

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Paraná monitora 6 passageiros do mesmo voo de homem que veio da África com Covid

Neste sábado (27/11) a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) abrirá 30 locais de vacinação contra a covid-19 para atender convocados para a segunda dose. Cerca de 37 mil pessoas tem agendamento para esta data.

Também haverá oferta de repescagem para primeira e segunda dose e para reforço. Moradores de Curitiba com 12 anos ou mais que ainda não se vacinaram poderão buscar os pontos neste grande mutirão de atualização vacinal.

O atendimento será feito das 8h às 17h (lista abaixo).

“Muitas pessoas têm dificuldade de buscar a vacina durante a semana, então estamos oportunizando mais um sábado para regularização da situação vacinal contra a covid-19. Precisamos que todos estejam vacinados para garantir maior proteção para nossa cidade”, explicou a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.

 

O que fazer para receber a primeira dose

Para agilizar o processo de vacinação, a SMS orienta fazer o cadastro prévio na plataforma Saúde Já pelo site www.saudeja.curitiba.pr.gov.br ou pelo aplicativo do celular.

Levar o termo de consentimento preenchido é outro passo para dar maior agilidade à vacinação. O documento está disponível para impressão no site Imuniza Já. Adolescentes deverão comparecer a um dos pontos acompanhado dos pais e/ou responsáveis pela assinatura do termo de consentimento.

Também é preciso apresentar um documento de identificação com foto e CPF. Adolescente que não possui documento com foto pode levar a certidão de nascimento, que deve ser apresentada com um documento com foto do responsável.

Além disso, para a primeira dose é preciso apresentar comprovante de residência com endereço de Curitiba.

Para os casos de locações não formalizadas por imobiliárias, deverá ser apresentado o comprovante do endereço da residência com uma declaração do proprietário do imóvel, com responsabilização legal pela locação e pela informação.

O que fazer para receber a segunda dose ou o reforço

Para receber a segunda dose ou o reforço da vacina, basta procurar um dos pontos de vacinação, levar um documento de identificação com foto e CPF.

Quem pode receber vacina anticovid neste sábado

Primeira dose
– Primeira dose para pessoas com 12 anos completos ou mais;
– Primeira dose  para adolescentes com até 12 anos completos com comorbidades;
– Primeira dose para gestantes e puérperas (mães que tiveram bebê até 45 dias) com 12 anos completos ou mais.

Segunda dose
– Segunda dose agendada;
– Repescagem de segunda dose de pessoas anteriormente convocadas;

Dose de reforço
– Repescagem de dose de reforço de pessoas anteriormente convocadas.

Locais de vacinação

Das 8h às 17h

1 – US Ouvidor Pardinho
Rua 24 de Maio, 807 – Praça Ouvidor Pardinho

2 – US Parigot de Souza
Rua João Eloy de Souza, 111 – Sítio Cercado

3 – Salvador Allende 
Rua Celeste Tortato Gabardo, 1712 – Sitio Cercado

4 – Nossa Senhora Aparecida
Rua Carlos Amoretty Osório, 169 – Sítio Cercado

5 – US Bairro Alto
Rua Jornalista Alceu Chichorro, 314 – Bairro Alto

6 – US Vila Diana
Rua René Descartes, 537 – Abranches

7 – US Tingui
Rua Nicolau Salomão, 671 – Tingui

8 – Fernando Noronha
Rua João Mequetti, 389 – Santa Cândida

9 – US Visitação
Rua Dr. Bley Zornig, 3136 – Boqueirão

10 – US Jardim Paranaense
Rua Pedro Nabosne 57 – Alto Boqueirão

11 – Menonitas
Rua Domicio da Costa, 52 – Xaxim 

12 – US Camargo
Rua Pedro Violani, 364 – Cajuru

13 – US Uberaba 
Rua Cap. Leônidas Marques, 1392 – Uberaba

14 – US Salgado Filho
Avenida Senador Salgado Filho, 5265 –  Uberaba

15 – US Iracema
Rua Professor Nivaldo Braga, 1571 – Capão da Imbuia

16 – US Cândido Portinari
Rua Durval Leopolpo Landal, 1529 –  Cidade Industrial

17 – US Oswaldo Cruz
Rua Pedro Gusso, 3749 – Cidade Industrial

18 – US Atenas
Rua Emilia Erichsen, 45 – Cidade Industrial

19 – US Vila Feliz
Rua Pedro Gusso, 866 – Novo Mundo

20 – US Aurora
Rua Theofhilo Mansur, 500 – Novo Mundo

21 – US Sagrado Coração
Rua Antônio Claudino, 375 – Pinheirinho

22 – US Vila Guaíra
Rua São Paulo, 1.495 – Guaíra

23 – US Santa Quitéria 2
Rua Bocaíuva, 310 – Santa Quitéria

24 – US Parolin
Rua Sergipe, 59 – Vila Guaíra

25 – US Santa Amélia
Rua Berta Klemtz, 215 – Fazendinha

26 – US Pinheiros
Rua Joanna Emma Dalpozzo Zardo, 370 – Santa Felicidade

27 – US Orleans
Avenida Vereador Toaldo Tulio, 4.577 – Orleans

28 – US Campina do Siqueira
Rua General Mário Tourinho, 1684 – Campina do Siqueira

29 – US Vista Alegre
Rua Miguel de Lazari, 85 Pilarzinho

30 – Rua da Cidadania do Tatuquara
Rua Olivardo Konoroski Bueno, s/n

via redação Busão Curitiba

Média de ocupação de leitos de UTI Covid é a menor em 19 meses no Paraná

Com 79,8% dos moradores vacinados com ao menos uma dose, a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, acredita que o fim da pandemia de Covid-19 está próxima em Curitiba. A expectativa foi dita em entrevista concedida à Banda B na tarde desta sexta-feira (12). Ao longo da entrevista, ela ainda confirmou que a capital vai aguardar posicionamento do Governo do Paraná para liberar o uso da máscara em ambientes abertos.

Nesta quinta-feira, o sistema de monitoramento por bandeiras de Curitiba atingiu a menor pontuação desde o seu lançamento: 1,35, o que reforça a expectativa por um fim de ano muito mais tranquilo na cidade.

Segundo Márcia Huçulak, o momento é muito promissor. “Acho que estamos no fim da pandemia. Por que? Por causa da vacinação. A gente foi muito criticado no início do ano pela falta de doses, mas o estado do Paraná conseguiu chegar na frente do ponto de vista de esquema vacinal completo. Nós estamos hoje com quase 90% da população com 18 anos ou mais com duas doses de vacina e é isso que nos traz a esse momento de baixa”, disse.

Curitiba completa nesta sexta-feira 128 dias de bandeira amarela, o maior período que a cidade se mantém nesse cenário desde que adotou o sistema.

Liberar máscara

Durante a entrevista, Huçulak ainda destacou a importância do uso da máscara, que segue sendo desrespeitado em vários ambientes. Segundo ela, o equipamento segue sendo uma importante barreira de proteção enquanto o vírus está em nosso ambiente. “Quando a gente tirar a máscara, é para não voltar atrás. A gente viu países, como Israel, Estados Unidos e Reino Unido, que tiraram e voltaram a usar a máscara, então é muito ruim. Se a gente continuar nesse patamar, talvez possamos ter um dezembro sem máscara ao ar livre, o que já é um alívio”, destacou.

Segundo ela, porém, a cidade vai tomar essa medida apenas com alinhamento com o Governo do Paraná. “Curitiba não é uma ilha, eu tenho dito. Eu tenho conversado com o secretário Beto Preto e vamos tomar essa medida alinhada com o estado. A gente recebe pessoas de todo lugar, temos uma região metropolitana com pessoas que trabalham aqui, então é bom a gente ter uma ação integrada”, comentou.

Festas

A secretária da Saúde ainda disse que Curitiba deve ter um fim de ano muito mais parecido com o que todos estão acostumados. “A gente tem insistido na vacinação, porque isso nos dá uma luz no fim do túnel para que as famílias possam se encontrar, e tenho certeza que isso vai acontecer nesse ano. Como nosso prefeito [Rafael Greca] diz, estamos preparando um Natal de gratidão e esperança para o ano que vem”, concluiu.

via redação Busão Curitiba