O empresário Zé Elias Castro Gomes, candidato a prefeito de Foz do Iguaçu com o número 44 na urna eletrônica, reafirmou nesta quarta-feira (14) que a tarifa zero no transporte coletivo já está em seu Plano de Governo de gestão da Prefeitura Municipal. “Vamos usar parte da economia com a redução de 80% dos cargos comissionados para estender a gratuidade da tarifa para toda a população”, explica Zé Elias.
Em julho, mais de 1,178 milhão de passageiros utilizaram o transporte coletivo de Foz do Iguaçu no período de 6 de junho a 5 de julho, segundo a última planilha do Instituto de Transporte e Trânsito (Foztrans). Deste total, aproximadamente 50% eram estudantes, idosos e isentos da tarifa, como portadores de necessidades especiais e acompanhantes. “Nossa intenção é estender a gratuidade a todos os usuários”, reforça o candidato a prefeito.
Zé Elias lembra que a Prefeitura de Foz do Iguaçu tem aproximadamente 300 cargos comissionados – aqueles que são nomeados sem concurso público -, que demandam uma despesa de cerca de R$ 30 milhões ao ano (R$ 2,4 milhões ao mês). “Só o Foztrans dispõe de 11 servidores em cargos comissionados, muitas vezes com alta rotatividade e que não atende os interesses diretos da coletividade”, diz.
A empresa que opera o transporte coletivo, cujo contrato termina em março de 2025, faturou quase R$ 3 milhões com a tarifa de ônibus de R$ 5,00 dos usuários que efetivamente pagaram pelo serviço. No período medido pelo Foztrans, o município aportou mais de R$ 2,251 milhões de subsídio, para fechar um custo operacional de R$ 5,4 milhões.
Serviço
O transporte coletivo conta com 95 veículos utilizados nos horários de pico, das 6h30 às 8h10 e das 16h às 19h30. Nos demais horários, em média, são utilizados 76 veículos até a meia-noite. Em finais de semana (sábado e domingo), a frota é reduzida ainda mais, devido à pouca demanda de passageiros. Em média, circulam apenas 30 veículos, informou o Foztrans.
“Foz do Iguaçu precisa de um transporte público eficiente, para que as pessoas voltem a utilizar como no nível anterior à pandemia, quando muitos foram se virando para comprar motinhas, indo de carona, de bicicleta. Hoje, tem bairros em que os ônibus não vão, por isto precisa transparência para uma fiscalização mais eficaz sobre o serviço”, ressalta Zé Elias.
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“Cidade avançada não é aquela em que os pobres andam de carro, mas aquela em que os ricos usam transporte público”, recorda Zé Elias, em citação do urbanista Enrique Peñalosa, que já foi prefeito de Bogotá, na Colômbia. Em relação ao passe livre de estudantes, o Foztrans informou que atualmente existem cerca de 7 mil regulamentados.
Os R$ 30 milhões para subsídio do transporte coletivo são recursos que voltam para o comércio, avalia Zé Elias. “A passagem representa um custo alto para quem mais precisa. Com a tarifa zero, a pessoa economiza este valor, que é utilizado para comprar comida no mercadinho do bairro, roupas e outras necessidades da família”.
Hoje, a tarifa zero já foi implantada em 13 cidades paranaenses; Paranaguá, Antonina, Carambeí, Cianorte, Clevelândia, Ibaiti, Itaperuçu, Ivaiporã, Matinhos, Pitanga, Quatro Barras, Rio Branco do Sul e Wenceslau Braz. Em todo o Brasil, o benefício existe em 101 cidades.
Controle social
Em reunião com os diretores do Foztrans, Zé Elias cobrou mais transparência no acesso às planilhas do órgão com os números de passageiros, custos e valores dos subsídios do município. “A própria Prefeitura, devido ao processo eleitoral, não tem atualizado seu portal como deveria, principalmente com informações de utilidade pública. Essa transparência é que precisa ter”, destaca o candidato.
Com a redução dos cargos comissionados, Zé Elias acredita que, além de garantir a gratuidade no transporte coletivo para todos os usuários, será ainda possível instalar o primeiro restaurante popular em Foz do Iguaçu, garantindo alimentação a preço reduzido para pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e/ou vulnerabilidade social.
Na reunião, o diretor-superintendente do Foztrans, Gabriel Serafini, e diretores deram detalhes de outros temas relacionados à pasta. O órgão tem um orçamento anual de aproximadamente R$ 22 milhões. Parte da arrecadação vem das multas aplicadas pelo Estarfi (estacionamento regulamentado), que dispõe de 2,4 mil vagas, distribuídas entre a região central, Vila Portes e Vila A. O controle é feito com veículos dotados de câmeras e 39 servidores efetivos.
Um projeto na Câmara de Vereadores vai atualizar o serviço e ampliar as vagas, informou o diretor-superintendente. Também foram debatidas questões relacionadas a sinalização viária e placas de orientação do trânsito e sincronização dos semáforos. “Foz tem 110 destes equipamentos, a maioria com diferentes tempos de abertura, já que são de diferentes empresas, com um custo de R$ 10 milhões”, afirma o candidato.
Acompanharam Zé Elias na reunião os candidatos a vereador do União Brasil – Cintia Bordignon (44.888), Pedagoga Rejane (44.277), Mohamed Ortiz (44.100), Mahatma Gandhi (44.133), Alcir Franco (44.555) e William Nunes (44.333).
com informações do Diário de Foz, parceiro do Busão Foz
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