Desde os registros dos primeiros casos da covid-19 em Curitiba, em março, a Vigilância Sanitária do município já realizou 5.084 inspeções – o que equivale a 75 por dia, em média. Desde 17 de abril, data da publicação da Resolução Municipal 01/20, que trouxe regras específicas a serem cumpridas pelo comércio, já foram 2.720 inspeções.
Todas as inspeções realizadas pela Vigilância Sanitária do município no período verificam se as determinações sanitárias para evitar a disseminação do covid-19 estão sendo cumpridas. Em 1.666 delas, porém, o foco foi especificamente as diretrizes sanitárias para evitar a propagação da nova doença. Destas, 892 foram motivadas por denúncias e 774 foram programadas pela Vigilância em setores sensíveis, como academias, shoppings, restaurantes, bares, entre outros.
“Nestas inspeções é verificado se os estabelecimentos estão cumpridos os requisitos da Resolução 01/20, assim como os protocolos específicos por setores determinados pela Vigilância Sanitária”, explica a coordenadora da Vigilância Sanitária de Curitiba, Francielle Narloch.
O resultado deste trabalho até este momento gerou: 161 autos de infrações lavrados, 323 intimações para adequações e 31 interdições. Essas interdições referem-se a estabelecimentos como restaurantes, clínicas, escolas, fabricantes clandestinos de álcool, lar de idosos e comunidades terapêuticas, que foram fechadas pela Vigilância Sanitária.
De acordo com a diretora do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, Rosana Zappe, durante as inspeções são verificados itens como disposição de álcool gel, distanciamento social, uso de máscaras.
As denúncias pela população para a Vigilância Sanitária podem ser feitas pelo telefone 156 (24 horas) ou pela Ouvidoria do SUS 0800-644-0041, das 8h às 18h, nos dias úteis.
Responsabilidade compartilhada
A secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, chama a atenção para a responsabilidade compartilhada neste momento entre o poder público, comerciantes e população.
“Todos têm responsabilidade. A Vigilância Sanitária está fazendo seu trabalho de fiscalização, mas seria impossível ter um fiscal para cada curitibano ou cada comércio. Então todos têm o dever de cumprir as regras e exigir que a sua volta também se cumpra”, opina. “Tanto o comerciante, como os clientes, têm a responsabilidade de fazer a sua parte”, complementa.