Os trabalhadores do transporte coletivo urbano de Foz do Iguaçu farão, na manhã desta quarta-feira (22), uma nova assembleia para votar pela retomada ou não da greve, que está suspensa desde a tarde do último dia 10 de maio.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sitrofi), a categoria deverá se manifestar sobre uma proposta já rejeitada, mas que agora vem com garantias de um estudo mais transparente sobre a escala de trabalho.
A nova avaliação foi proposta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TRT-PR) a pedido da Viação Santa Clara (VISAC).
A greve no transporte coletivo foi deflagrada na terça-feira (07 de maio) e, após quatro dias funcionando com 50% da capacidade, foi suspensa devido a falta de quórum para uma assembleia dos trabalhadores, que acabou acontecendo na segunda-feira (13).
Mesmo não aprovando a proposta encaminhada pela concessionária do serviço, a categoria decidiu manter suspensa a mobilização. “O Sitrofi foi notificado hoje (ontem, 20) pela manhã, para uma audiência ao TST”, informou o secretário Rodrigo Andrade de Souza.
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A reunião no TST, segundo ele, contou com participação da Procuradoria Regional do Trabalho, a pedido da concessionária, que instaurou um procedimento. No entanto, a empresa reiterou a proposta encaminhada anteriormente à categoria, informou.
“Mudou o que? No estudo que a empresa se propôs, em contratar uma empresa, sugeriram a Unila e a Urbs, e também que o MPT (Ministério Público do Trabalho) estará junto, fiscalizando a lisura do processo”, ressaltou o secretário.
Que completou: “No restante da proposta, não mudou nada. Na quarta-feira (hoje) haverá uma paralisação de 50% dos ônibus das 10h às 11h para que os trabalhadores participem da assembleia e voltem ao trabalho. Não mudou muita coisa, mas a pedido do Tribunal Regional do Trabalho, vamos levar (a votação) novamente a proposta”.
Procedimento
Na última semana, trabalhadores e representantes do Sitrofi participaram ao menos de duas reuniões com técnicos do Instituto de Transporte e Trânsito (Foztrans), numa tentativa de tentar sensibilizar o órgão para retomar o sistema de escala que existia antes da nova concessionária assumir, em 2022.
A categoria reclama principalmente do intervalo entre turnos, que vai até 4 horas, além da volta de cestas básicas de Natal e anexação do acordo coletivo de 2019, antes da pandemia.
A empresa, que afirma manter diálogo constante com os trabalhadores, propôs um reajuste salarial de 5% e se comprometendo a não fazer mais escala que ultrapasse duas horas de intervalo.
A proposta inclui a realização de um estudo para uma jornada de, no máximo 7h10, com apenas 30 minutos de intervalo, dentro dessa jornada, além de uma cesta básica de Natal, no valor R$ 235, além de não descontar os dias parados e que os 5% de reajuste seriam acrescidos nos outros benefícios sociais.
com informações do Diário de Foz, parceiro do Busão Foz
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