Ponte da Amizade celebra 60 anos de união entre Brasil e Paraguai – Diário de Foz

A Ponte Internacional da Amizade completa 60 anos reafirmando sua relevância para a região da Tríplice Fronteira. Inaugurada em 1965, a estrutura de 552 metros de extensão tornou-se um dos principais corredores de comércio, turismo e mobilidade na América do Sul.

Com um fluxo médio de 40 mil veículos e 100 mil pessoas por dia, a ponte é essencial para a economia e o cotidiano das cidades vizinhas. Além de facilitar o transporte de mercadorias, ela permite que trabalhadores, estudantes e turistas transitem diariamente entre os dois países, fortalecendo os laços sociais e culturais da região.

A Ponte da Amizade é um dos eixos centrais do comércio entre Brasil e Paraguai, movimentando bilhões de dólares anualmente. Para os paraguaios, ela é uma via fundamental para a importação de produtos brasileiros, enquanto para os brasileiros, Ciudad del Este se destaca como um dos principais polos de compras da América Latina, atraindo consumidores de diversas regiões.

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Além da economia, a ponte tem um papel significativo na integração cultural. A região abriga comunidades de diversas nacionalidades, formando um mosaico cultural que se reflete na gastronomia, nas festividades e nas relações cotidianas entre brasileiros e paraguaios.

Para celebrar as seis décadas de história, um mural comemorativo está sendo pintado na entrada brasileira da ponte. Com 117 metros de extensão, a obra do artista Igor Izy retrata elementos icônicos da região, como as Cataratas do Iguaçu, as onças-pintadas do Parque Nacional do Iguaçu e a Usina de Itaipu. A iniciativa conta com a participação da Secretaria Municipal de Turismo, da Receita Federal e do Projeto Onças do Iguaçu, com apoio de entidades locais.

A História da Ponte Internacional da Amizade

A construção da Ponte Internacional da Amizade foi um marco no desenvolvimento das relações entre Brasil e Paraguai. Antes de sua inauguração, em 1965, a travessia entre os dois países era feita por balsas ou exigia um longo desvio pelo território argentino. O projeto da ponte começou a ser planejado na década de 1950, quando os dois governos reconheceram a necessidade de um acesso terrestre mais eficiente. As obras tiveram início em 1956, sob a liderança do engenheiro Almyr França, e envolveram mais de mil trabalhadores.

A ponte impulsionou o crescimento urbano e econômico das cidades fronteiriças. Foz do Iguaçu e Ciudad del Este se desenvolveram rapidamente, transformando-se em polos comerciais e turísticos estratégicos. Hoje, apesar dos desafios do aumento do tráfego, sua relevância continua inquestionável, reafirmando seu papel essencial na conexão entre Brasil e Paraguai.

com informações do Diário de Foz, parceiro do Busão Foz