Mercado estuda uso de Drones para entregas em casa

A pandemia ocasionada pelo novo Coronavírus (COVID-19) está fazendo com que muitas empresas de delivery repensem suas alternativas de entrega. Uma das opções é o uso de drone, tendo em vista que a tecnologia aumenta a velocidade da entrega e evita o contato entre cliente e entregador.

“Grandes marcas já estão com projetos de uso de drone prontos para serem colocados em prática. Em diversos países este sistema é uma realidade e, neste momento, se mostra uma alternativa eficaz e segura”, afirma o professor do curso de pilotagem de drones do Centro Europeu, Alexandre Scussel.

O mercado de delivery no Brasil está em constante expansão. O último levantamento realizado pelo Sebrae (2017) aponta que a movimentação chegou a R$ 9 bilhões em um ano, com crescimento de aproximadamente 12% no mesmo período. Em 2018 a movimentação ultrapassou R$ 10 bilhões.

Segundo ele, além da comodidade de escolher o que precisa por aplicativo e esperar o produto chegar em casa, agrada a muitos brasileiros e o serviço de entrega está passando por uma transformação. “Outra contribuição desta tecnologia – utilizada em países da Europa e África – está associada ao transporte de órgãos e medicamentos”, afirma.

Alexander Scussel conta que na área da alimentação os primeiros testes para entregas utilizando drones no Brasil foram feitas em 2018. “A realidade da entrega de comida por drones está mais distante do que o delivery utilizado pela indústria, mas tende a crescer rapidamente”, completa.


EXEMPLO – A startup SMX Systems é a primeira e única a atuar no Brasil com drones para o transporte e entrega de cargas leves. O serviço é prestado em Rifaina, cidade no interior de São Paulo que é cortada por um rio, e consiste na entrega de medicamentos.

Os equipamentos realizam entregas com segurança em um raio de aproximadamente 5 quilômetros. “Às vezes a distância não é tão grande, mas existem entroncamentos ou algum outro obstáculo de trânsito.Também sabemos que a quantidade de carros nas ruas é um problema global, o que pode incentivar ainda mais o mercado de entregas por drone”, explica Scussel.


MERCADO DE TRABALHO

Para prestar o serviço de pilotagem de drone é necessário ter autorização e cumprir as determinações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Em Curitiba, o Centro Europeu possui um curso específico para a formação de pilotos de drone, demanda que surgiu devido ao crescimento do mercado.

“Hoje os pilotos trabalham principalmente com a produção de imagens e vistorias técnicas de áreas. No entanto, as crise está gerando novas áreas de atuação. Sabemos que será necessário muitos profissionais capacitados”, explica Alexandre.