Na tarde desta segunda-feira, 19, Foz do Iguaçu deu um importante passo ao tombar o Marco das Três Fronteiras como patrimônio cultural material. Esse monumento, que marca o ponto de encontro entre Brasil, Argentina e Paraguai, simboliza a rica formação histórica, social e cultural da região. O evento, que contou com a presença de autoridades e cidadãos, destacou a relevância do marco na identidade local.
Localizado em uma área estratégica, o Marco das Três Fronteiras lembra o período das missões jesuíticas e as disputas entre os impérios coloniais. Com a chegada dos primeiros colonizadores no final do século XIX e início do século XX, a região passou a ser habitada por pessoas de várias nacionalidades, criando a diversidade cultural que caracteriza Foz do Iguaçu. Essa mistura de culturas fez da cidade um dos centros mais multiculturais do Brasil.
Diplomacia em vez de conflitos
Na virada do século XIX para o XX, Brasil e Argentina enfrentaram um impasse sobre a delimitação territorial da região. Em vez de recorrer a conflitos armados, optaram pelo diálogo, resultando na instalação de marcos secundários, como o obelisco agora tombado. “Este ato não apenas preserva a memória coletiva, mas também reforça a importância da convivência pacífica entre as nações”, afirmou Dalmont Benites, Diretor Presidente da Fundação Cultural em Foz do Iguaçu.
O Prefeito General Silva e Luna enfatizou o comprometimento da gestão em promover a rica cultura local. “Este é o primeiro tombamento na cidade. Um reconhecimento mais do que merecido pela história de Foz do Iguaçu”, destacou.
Prédio da Câmara Municipal também é tombado
Além do tombamento do Marco das Três Fronteiras, a cerimônia marcou a inclusão do antigo prédio da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu no livro Tombo nº 2 de bens imóveis. Inaugurada em 1972, a construção é um marco na consolidação do poder legislativo local, representando um importante espaço de exercício da democracia. Por mais de três décadas, o prédio foi palco de decisões fundamentais para o desenvolvimento da cidade, tornando-se um símbolo da identidade política de Foz do Iguaçu.
Localizado na Praça Getúlio Vargas, o edifício mantém sua importância cívica e arquitetônica, mesmo após alterações feitas nas décadas de 80 e 90. Elementos como a escadaria helicoidal e os terraços com floreiras mantêm a coerência do projeto original, valorizando-o como um exemplar da arquitetura modernista. O tombamento da antiga sede da Câmara Municipal é um passo importante para preservar a memória institucional e o patrimônio arquitetônico moderno da cidade.
Compromisso com o patrimônio cultural
O evento de tombamento do Marco das Três Fronteiras e do prédio da Câmara Municipal não só celebra a história, mas também reafirma o compromisso com a valorização do patrimônio cultural de Foz do Iguaçu. Com o reconhecimento formal, as futuras gerações poderão continuar a apreciar e compreender a rica história cultural que moldou a identidade da cidade, reforçando seu papel como um elo entre diferentes povos e culturas.
@fozdiario