O Governo de Estado está investindo quase R$ 1 milhão na construção de um centro de atendimento ao turista no Morro de Anhangava, no acesso ao Caminho de Itupava, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. É um dos mais exuberantes destinos turísticos do Paraná e a nova estrutura, além de mais conforto ao visitante, contribuirá para fomentar a geração de emprego e renda na região.
O Caminho de Itupava tem uma extensão de 22 km que atravessa a faixa montanhosa da Serra do Mar e corta três Unidades de Conservação: o Parque Estadual Serra da Baitaca, a Área Especial de Interesse Turístico do Marumbi e o Parque Estadual do Pico do Marumbi.
O projeto da estrutura de atendimento ao turista foi aprovado pelo Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, e as obras estão previstas para iniciar ainda em 2020.
O IAT está repassando R$ 907,22 mil e a prefeitura de Quatro Barras dará uma contrapartida de R$ 18,51 mil. O receptivo contará com auditório, bicicletário, estandes para venda de produtos de consumo e souvenires, sanitários, estacionamento e espaço com o acervo histórico do sitio arqueológico que retrata o início da colonização paranaense.
O secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, lembra que há décadas a população de Quatro Barras, turistas e estudiosos esperam pela obra, que vai favorecer a criação de novos negócios e gerar renda e empregos na região.
“É um anseio antigo dos moradores que não dispunham de espaço adequado para a venda do artesanato local”, disse.
“Para os visitantes, além de banheiro, lanchonete e estacionamento, o espaço também vai expor peças arqueológicas que contam a história mais remota do Paraná. Terá toda a estrutura necessária para que pesquisadores, trilheiros, praticantes de turismo de aventura e de ecoturismo, tenham mais conforto e confiança para voltar a viajar”.
Retomada
A arquiteta e urbanista do IAT, Tatiana Nasser, responsável pela análise e parecer técnico que embasou a aprovação do projeto, considera que o receptivo fará parte do apoio operacional do Parque e poderá ser usado como instrumento de proteção dos recursos ambientais.
Ela ainda reforçou a importância da obra para contribuir com a retomada do turismo no Estado.
“Além de pensar no conforto do turista esse recurso acontece num momento importante para o atrativo e todo o entorno. Após esse período de reclusão as pessoas estão ansiosas para viajar. A infraestrutura também fará com que se sintam mais seguros após a pandemia”.
A expectativa é que o complexo aumente o fluxo de visitantes, principalmente, durante a retomada do setor. Hoje, quem chega ao local conta apenas com dois centros de recepção nos municípios de Morretes e Quatro Barras. A nova estrutura vai melhorar a qualidade do atendimento por ser construída no início da trilha.
Sustentável
A aprovação do projeto do Receptivo de Visitantes do Caminho de Itupava é mais uma iniciativa do Instituto Água e Terra para incentivar a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. O complexo irá contribuir para a preservação da biodiversidade, melhoria do microclima, gestão de resíduos, qualidade hídrica e atmosférica.
Everton Luiz da Costa Souza, presidente do IAT, reforça que o receptivo do Caminho do Itupava é um investimento importante por se tratar de uma ampla estrutura de atendimento ao visitante, em um dos pontos turísticos mais frequentados do Paraná.
“Potencializará a recepção, informando sobre as qualidades ambientais e a preservação dos recursos naturais da Unidade de Conservação”, disse.
O projeto prevê a construção de um centro com equipamentos de lazer e recreação, um auditório junto ao acervo histórico e que vai contribuir para realização de programas de educação ambiental. Também será utilizado como apoio operacional de gestão do Parque Estadual Serra da Baitaca e dos recursos hídricos da região.
Outra meta é que o local seja utilizado para ações de conscientização sobre a necessidade de conservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico, assim como para a implantação medidas preventivas frente à degradação provocada pela presença do homem nesses espaços.
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