Inverno derruba temperaturas e aquece consumo de café

Marca catarinense amplia vendas em até 40% nos meses frios, expande negócios e oferece personalização a estabelecimentos comerciais

 

As bebidas quentes têm uma ligação natural com o inverno. Com a chegada de temperaturas mais baixas, elas servem de contraponto para suprir a falta de calor no corpo. O consumo do café, por exemplo, registra aumento médio de 30% na temporada mais fria do ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC). Seja em casa ou nos pontos especializados como cafeterias e padarias, a companhia do café pode ser considerada um hábito natural para enfrentar dias em que o inverno mostra sua cara.

“Esse é o período do ano em que nossas vendas aumentam de 30% a 40%”, comemora o diretor comercial da CCG Representações, Carlo Costa Gallinea, responsável pela expansão da catarinense Bonblend Cafés Especiais.

Outra notícia que confirma os bons resultados da empresa é a conquista de novos clientes na metade do ano. Segundo o executivo, quem já é apreciador da marca costuma reforçar o estoque nos meses mais gelados. E quem os conhece – seja por indicação de um amigo ou porque degustou a bebida num ponto de venda, residência ou escritório comercial – logo se encanta com os aromas e sabores e faz as encomendas.

 

Investimento delicioso

Segundo a ABIC, o café é a segunda bebida mais consumida no mundo e perde somente para a água. Estima-se que mais de 2 bilhões de xícaras são servidas diariamente nos seis continentes. Por aqui, 9 entre 10 brasileiros acima de 15 anos apreciam o cafezinho todos os dias. De olho nessa enorme oportunidade de negócios e num gigantesco potencial de consumo, os melhores frutos do cafeeiro podem se transformar num rentável investimento. O volume de sacas de grãos especiais deverá chegar a 1,8 milhão em 2023 no Brasil, de acordo com projeções do banco holandês Rabobank – que fez um estudo sobre o consumo do café e a produção no país. São cerca de 600 mil sacas a mais do que o volume produzido em 2017 (1,2 milhão).

 

“É um setor com grande potencial, apesar da crise que atinge outros segmentos”, explica Gallinea. No mesmo levantamento, foi detectado que os consumidores brasileiros também já se comportam como migrantes de marcas comuns para cafés de maior qualidade, como os ofertados pela Bonblend.

 

Crescimento e diferenciais

Outra pesquisa da consultoria internacional Euromoney mostrou que o café premium tem ganhado espaço no Brasil e cresce média de 15% ao ano, enquanto o grão tradicional expande em torno de 3,5% ao ano.

“Quem degusta um café premium ou gourmet – de melhor qualidade – fica apaixonado pela experiência e cria um novo hábito”, destaca Gallinea.

Com tantos indicadores favoráveis, a Bonblend – que tem sede administrativa em Joinville (SC) – quer ampliar os negócios dentro e fora do Brasil e busca novos pontos de vendas físicos e online. Outro diferencial de mercado é que a marca também produz cafés personalizados e oferece consultoria aos interessados em ter a bebida com sua própria identidade. Restaurantes, lanchonetes, hotéis, bares, cafeterias e empresas em geral podem ter sua marca personalizada, dentro de um segmento conhecido no mercado como “white label”. A empresa catarinense se encarrega do processo de torrefação dos grãos, presta consultoria sobre a confecção e escolha das embalagens e faz a entrega do produto devidamente caracterizado.

A personalização do café – inclusive com a possibilidade de levar o produto para casa, com o invólucro do estabelecimento – é uma estratégia que visa aproveitar o alto tráfego de consumidores nestes estabelecimentos, que apreciam novidades.

 

“Todo o processo é gerenciado pela Bonblend. Nosso objetivo é oferecer ao empreendedor a possibilidade de agregar valor ao negócio ofertando um café próprio e especial, pegando carona na harmonização com outros produtos oferecidos nos estabelecimentos, como pães e bolos. Quem experimenta um café de elevada qualidade se encanta com as nuances de sabor e o aroma e – naturalmente – vira nosso freguês”, orgulha-se Carlo Costa Gallinea.