Ministério Público do Trabalho alega que trabalhadores e empresa não estão cumprindo acordo de manter 60% da frota nos horários de pico. Presidente do Sindicato nega
A greve do Transporte Coletivo chegou ao 53° dia nesta sexta-feira, 4, em Foz do Iguaçu. Esta é a greve mais longa da categoria em toda a história da cidade. Os trabalhadores paralisaram parte das atividades no dia 13 de abril cobrando pagamento de salários atrasados e cesta básica. Embora tenham ocorrido assembleia entre o Sindicato que representa a categoria, justiça do trabalho, empresa e prefeitura, não houve acordo e os trabalhadores não retornaram ao trabalho.
A determinação judicial foi de que os serviços sejam mantidos com 60% do efetivo nos horários de pico e 40% nos horários intermediários. No entanto, O Ministério Público do Trabalho (MPT) alega que o sindicato e a empresa não cumpriram a determinação e está requerendo a aplicação da multa estabelecida de 40 mil reais ao dia desde o dia 22 de abril, data do acordo. Se a multa for aplicada, Sindicato e Empresa teriam que desembolsar um montante de R$ 1,7 milhão cada.
“Da análise de todos os dados informados pelo FOZTRANS – Município de Foz do Iguaçu, depreende-se que houve descumprimento da liminar deferida (Id. 3eb8f7e), a qual determinou ao sindicato e às empresas: “Manutenção em atividade de 60% (sessenta por cento) da frota circulante, em cada linha e escala, no horário das 05h00 às 9h00 e das 17h00 às 20h00min, e de 40% (quarenta por cento) de todos os motoristas e cobradores, também em cada linha e escala, nos demais horários” salienta a nota do MPT.
E conclui: “Portanto, diante de todo o acima exposto, o Ministério Público do Trabalho pugna a este E. TRT da 9ª Região que determine aos Suscitados o imediato e regular cumprimento da liminar de id. 3eb8f7, bem como lhes seja aplicada a pena de multa – a contar da data do seu deferimento (22/04/2021) – nos seus exatos termos: “Em caso de descumprimento, fixo a multa de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) por dia, sem prejuízo de majoração em caso de recalcitrância.”
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário, Dilto Vitorassi, negou que o acordo não esteja sendo cumprido. De acordo com ele, o MPT está com informações erradas sobre a frota total de veículos. “A promotoria está mal informada, ela trabalha em um percentual de ônibus de 137 que nunca teve. Desde o mês de maio do ano passado pra cá, a população não viu 137 ônibus circular, viu 70 ônibus” justificou.
O presidente alega que é a empresa que não está fornecendo os ônibus necessários. “Quem está deixando de fornecer os equipamentos para dar o percentual dos 137 são as empresas, não o sindicato” afirmou. Vitorassi acredita que a greve deverá ter uma resolução até a próxima semana. “Nesta semana que entra, de uma maneira ou de outra, as coisas vão se resolver, ninguém mais está suportando isso” afirmou.
As informações são de Rádio Cultura
com informações do CabezaNews, parceiro do Busão Foz
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