O projeto de lei que trata do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) deve ser votado nesta 3ª feira (23.abr.2024).
O governo enfim firmou um acordo com a Câmara para levar o PL a plenário e dar andamento à pauta econômica no Congresso.
A deputada Renata Abreu (Podemos-SP), relatora do PL 1.026 de 2024 do governo, conseguiu manter o teto estabelecido, mas disse que a fiscalização sobre as empresas beneficiadas será mais rigorosa para não haver fraudes.
Aquelas que se utilizaram dos incentivos no passado terão que compensar a União posteriormente, segundo a deputada.
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A principal mudança no texto que deve ser votado na Câmara envolve os chamados CNAEs (Classificação Nacional das Atividades Econômicas), que listam as atividades beneficiadas pelo Perse. Atualmente o programa envolve 44 CNAEs, mas o governo queria que o número fosse reduzido a 11. O relatório final deve manter quantidade mais próxima à desejada pelo Executivo.
Antes de chegar em um “meio termo”, as negociações levaram meses e foram marcadas por uma escalada no desgaste entre a Fazenda e congressistas representantes do setor de eventos.
Governistas como o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), autor da Lei do Perse, e a senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), líder da Bancada Feminina, criticaram abertamente a pasta de Fernando Haddad. O principal questionamento era a alegação de fraude no programa sem o envio de dados que mostrassem as ilegalidades.
O líder do Governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse na 6ª feira (19.abr) que “por incrível que pareça” as conversas avançaram com a deputada Renata Abreu (Podemos-SP), também defensora do programa que pleiteou pela sua manutenção.
Trajetória do PERSE no comgresso
Em março de 2021, o Congresso aprovou o PL 5.638 de 2020, que criou o Perse. Ao sancionar a proposta, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou trechos que o Congresso derrubou em 17 de março de 2022.
Em agosto de 2022, Bolsonaro publicou a A MP 1.135 de 2022, que permitiu ao governo adiar os repasses orçamentários aos setores da cultura e de eventos previstos no Perse e nas leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2. Entretanto, a medida perdeu a validade em 5 de fevereiro de 2023 sem ser analisada pelo Congresso.
Negociações no governo Lula
Em dezembro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou a MP (Medida Provisória) 1.202, que estabeleceu a extinção gradual do Perse e o fim da desoneração para 17 setores da economia e para municípios com até 156,2 mil habitantes.
Em fevereiro de 2024, depois da insatisfação do Congresso, Lula revogou a reoneração, mas só para os 17 setores beneficiados.
Em 27 de março, depois de acordo com o Legislativo e o setor de eventos, o líder do Governo no Congresso, José Guimarães, apresentou o PL 1.206. O Executivo pleiteou um programa mais “enxuto”.
Em 1º de abril, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prorrogou a vigência da medida para 60 dias, mas deixou de fora o trecho sobre os municípios pequenos.
Com informações do Poder360
com informações do Diário de Foz, parceiro do Busão Foz
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