Governador inaugura biofábrica de mosquito em Foz

O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) deve participar, as 8h30 de segunda-feira (29), da solenidade de inauguração da Biofábrica Wolbachia de Foz do Iguaçu, que vai desenvolver mosquitos para combater a dengue.

A iniciativa, com apoio da Secretaria Estadual de Saúde, é uma das principais estratégias e uma nova tecnologia de enfrentamento ao Aedes aegypti e outras arboviroses no Paraná.

A estrutura conta com a parceria do Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto WMP (World Mosquito Program) e da Prefeitura de Foz do Iguaçu.

A biofábrica na Rua Carlos Kapfemberg, 611 (Bairro Vila Boa Esperança) vai possibilitar a produção do método Wolbachia, que consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, impedindo que os vírus da dengue, Zika e chikungunya se desenvolvam no inseto, a fim de evitar a transmissão das doenças.

Estes insetos, chamados de Wolbitos, não são geneticamente modificados e não transmitem outras doenças. Durante o evento haverá soltura de mosquitos e visitação à nova biofábrica.

Para viabilizar a estrutura, o Governo do Estado destinou, somente no primeiro semestre de 2024, cerca de R$ 100 milhões em apoio aos gestores municipais nas ações de Vigilância em Saúde.

O aporte direto em recurso financeiro garantiu a intensificação de ações estratégicas junto às equipes da área, o atendimento hospitalar, a disponibilidade de insumos e, ainda, instrumentalizar o processo de trabalho de gestores e trabalhadores da saúde.

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Para o Programa Estadual de Fortalecimento da Vigilância em Saúde (Provigia) foram aplicados R$ 60 milhões. São investimentos em ações de prevenção, promoção e proteção da saúde nos municípios.

No caso específico para o combate à dengue, o Provigia possibilitou reforçar o monitoramento e combate à doença com a aquisição de itens como equipamentos para controle vetorial e de proteção individual e insumos, além da produção e divulgação de materiais de conscientização.

Prevenção

Antes mesmo de o Estado decretar situação de emergência em saúde pública para a dengue (14 de março), a Sesa destinou R$ 20 milhões para a compra de medicamentos e soro fisiológico e outros R$ 5 milhões no atendimento hospitalar referenciado, ampliando a capacidade, o fluxo assistencial e o cuidado aos pacientes mais graves. Também foram liberados R$ 8 milhões para aquisição de tablets para uso dos agentes de combate às endemias, facilitando o trabalho de catalogação de dados das equipes de campo, sobretudo em relação às visitas domiciliares.

“As medidas de controle e contenção de riscos foram essenciais no acompanhamento da situação epidemiológica do Paraná, que enfrenta a maior epidemia de dengue desde o início do seu monitoramento, no ano de 1991.

Esse cenário é registrado em todo o País, com quase 6 milhões de casos de dengue. O enfrentamento no Estado foi uma das prioridades nesse período do ano”, enfatizou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.

Ações efetivas

No início do ano, o Comitê Estadual Intersetorial de Dengue foi reativado, uma união de forças e ações articuladas, com a participação de várias secretarias de Estado, instituições parceiras e representantes da sociedade civil.

Somadas a isso, várias outras ações foram realizadas no enfrentamento à doença. Dentre elas, o reforço dos trabalhos de campo, com as equipes de especialistas orientando os ACE – Agentes de Combate a Endemias – na identificação de criadouros, visitando casas, terrenos baldios e espaços públicos, como praças.

Governador Ratinho Junior inaugura biofábrica de mosquito em Foz do Iguaçu
Foto: Divulgação/Assessoria

Mutirões, mobilização da população na remoção e eliminação de criadouros, a aplicação de fumacê, a entrega de material impresso com orientações de prevenção e capacitações para esclarecer dúvidas sobre manejo clínico de casos suspeitos também foram estratégias utilizadas para conter o avanço de doença e de outras arboviroses.

Com informações do GDia

com informações do Diário de Foz, parceiro do Busão Foz