Foz do Iguaçu terá audiência pública para debater a retomada da economia

A retomada econômica de Foz do Iguaçu durante e pós-pandemia do novo coronavírus (covid-19), será tema de audiência pública na Câmara de Vereadores

O ato foi definido nesta segunda-feira (03) pela Bancada Desenvolvimentista, que definiu ainda pela formação de uma Comissão Especial para alternativas econômicas. O município perdeu, no ano passado, mais de 4,4 mil postos de trabalho com carteira assinada.

A audiência, ainda sem data para definir, quer discutir com setores da sociedade alternativas para a retomada econômica e um plano de desenvolvimento para Foz do Iguaçu. A convocatória é assinada pelos vereadores Adnan El Sayed, líder da bancada e os membros Cabo Cassol e Jairo Cardoso.

A intenção, de acordo com Adnan, é convidar empresários, jovens, professores e entidades para debater os rumos da retomada econômica e identificar oportunidades para aproximar os atores econômicos do poder público. A medida integra o plano de ações do bloco parlamentar para discutir o futuro e melhorar o desempenho do município.

Os integrantes da bancada também solicitaram a abertura de uma Comissão Especial para estudar alternativas na indústria local, inovações no turismo, agregar valor à agricultura e incentivar atividades econômicas comunitárias. 
Há poucos dias, o vereador Adnan, que é economista formado pela UFPR, elaborou e apresentou um pacote econômico com 20 medidas para a retomada, já entregue ao prefeito Chico Brasileiro, Acifi, Codefoz e representantes do Governo do Estado.

Crise aguda

Desde que começou a pandemia da covid-19, em março do ano passado, agravou a crise econômica mundial. Em Foz do Iguaçu, de janeiro a dezembro de 2020, foram fechadas 4.463 vagas de emprego com carteira assinada. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no período foram 22.771 contratações contra 27.234 demissões.

O saldo negativo é resultado das perdas sofridas com a paralisação de atividades para conter o avanço da doença. No acumulado do ano o setor mais prejudicado foi o de serviços, que perdeu 3.552 postos de trabalho. Na sequência aparece o setor de comércio em geral, com 959 demissões.

Muitas lojas acabaram encerrando por definitivo as atividades em decorrência do acúmulo de dívidas e da impossibilidade de arcar com a folha de pagamento dos funcionários. Outras conseguiram retomar as atividades a partir do último quadrimestre e tentam a recuperação.

 O único setor que se manteve estável em Foz durante o ano passado foi a construção civil. Considerada uma atividade essencial, não houve necessidade de paralisação de atividades. Em decorrência disso, a categoria conseguiu encerrar 2020 com um saldo positivo de 177 contratações. 

As informações são do GDia

com informações do CabezaNews, parceiro do Busão Foz