Foz do Iguaçu está em alto risco para epidemias de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

Apesar da redução gradual do índice larvário, o terceiro Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) apontou aumento no índice de mosquitos adultos, com vinte capturas a cada cem armadilhas

Com 10.284 casos notificados, 372 confirmados e três óbitos por dengue, Foz do Iguaçu segue em alerta com alto risco para epidemias de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A situação foi confirmada com o terceiro Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), divulgado nesta semana pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

Apesar da redução gradual do índice larvário (IIP) nos últimos três LIRAa – 5,67% em janeiro, 2,70% em março e 1,88% em maio –, em sentido oposto o município apresentou um aumento no índice de adultos (IPA) – 16,59% em janeiro, 19,40% em março e 19,60% em maio. Esse indicador demonstra que a cada 100 armadilhas lidas, em aproximadamente 20 foram capturados mosquitos.

Na realização do LIRAa, entre os dias 03 a 07 de maio, foram amostrados 4.852 imóveis do município e realizada a leitura de 2.458 armadilhas, nas quais foram capturadas e encaminhadas 655 amostras para identificação no laboratório de Entomologia do CCZ.

“Conforme esperado para esta época do ano, devido às condições climáticas favoráveis, é natural que após períodos chuvosos ocorra uma elevação na população de diversas espécies de animais, principalmente dos insetos, considerando que o tempo de vida de um Aedes aegypti em ambiente natural dura em média de 30 a 45 dias, e que esse aumento exponencial da infestação impacta diretamente na taxa de transmissão das doenças”, alertou Jean Rios, coordenador do Programa de Vetores.

Criadouros

Pequenos objetos (plástico, vidros, metais) que podem acumular água e os grandes reservatórios, como caixas d’água, tonéis e cisternas continuam a figurar como os principais criadouros do mosquito da dengue. “A população deve seguir atenta também as geladeiras com degelo automático, os vasos de plantas, ralos de banheiros com pouco uso e as caixas de descargas mais antigas. Devido à pandemia, nossos agentes não podem mais adentrar as casas, somente fazer a orientação e vistoriar os quintais” explicou Jean. “O apoio da população continua sendo fundamental para reduzirmos estes índices. Sem a conscientização das pessoas, nenhum trabalho terá eficácia garantida”.

Os resultados do LIRAa auxiliam o poder público a nortear ações de prevenção e controle do vetor, e de assistência aos pacientes, bem como na implementação de ações complementares pelos diversos órgãos da Prefeitura.

A orientação para o primeiro sintoma de dengue (dor de cabeça, febre, dor atrás dos olhos e náuseas) é procurar a unidade de saúde mais próxima.

com informações do CabezaNews, parceiro do Busão Foz