Chorei de soluçar oito vezes. Oito vezes. Sempre fui sentimental, agora na quarentena talvez isso tenha ficado mais à flor da pele. O mundo tem coisas boas e coisas ruins. Pessoas boas e pessoas más. As coisas se transformam também, as merdas que fazemos ficam para trás e quem era ruim pode ficar bom.
O que fez eu escrever essas coisas, ligar o computador e depois passar para o meu amigo, que há um mês não vejo (porra de isolamento, mas é o melhor a ser feito agora) foi o filme Milagre na Cela 7. Acho que está no top 3 da Netflix.
Não é por acaso.
A produção turca é um soco no estômago. Vai por mim, vale à pena ligar a televisão. Ainda mais agora né? Precisamos preencher o tempo com coisas boas, embora o filme tenha me feito sofrer. Mas a dor faz a gente crescer e ficar melhor.
As coisas passam, esse isolamento também vai passar. Vamos sair mais fortes. Aquele café depois do almoço com olhares perdidos, pensamentos cortados, angústias sufocadas, mensagens de whatsapp conferidas, roladas no instragram e atualizadas no twitter vão voltar.
Enquanto isso não volta, conheça o Memo e sua filha Ova. Se perca nas paisagens do interior da Turquia. Lembre-se que existem pessoas inocentes e sem maldade no coração, que o amor é lindo, mas que coisas ruins acontecem. Que filhas da puta existem, entretanto podemos ficar do lado dos bons e deixar a balança sempre pendendo para o certo.
O perdão é uma das coisas mais lindas da humanidade. Fiquem em casa.
Texto por: Adriano Kotsan