Quando a pequena cortina se abre, um cenário inteiro não mede mais de 30 cm de altura. Quem acompanha o espetáculo é uma pessoa por vez. Impossível não se encantar.
O projeto Sarambi, do coletivo teatral EntreFronteiras, aposta no teatro lambe-lambe para viajar de escola em escola, contando lendas paranaenses, dentro de caixas.
O chamado teatro lambe-lambe é um estilo teatral genuinamente brasileiro que consiste em montar um palco num pequeno espaço utilizando bonecos e outras formas para contar uma história de forma rápida, a um espectador de cada vez.
Cada caixa carrega um pequeno espetáculo que trata de lendas bem conhecidas de quem vive por aqui, às margens do Rio Paraná. A gralha azul, O Peixe Dourado e a lenda do Urutau são trazidos ao público de uma forma instigante e divertida.
A ideia de montar espetáculos com pouco mais de um minuto de duração em caixas veio com a necessidade de apostar em novos formatos do grupo que carrega versatilidade e sempre apostou em temas bastante contemporâneos, como o viver entre fronteiras.
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“Queríamos levar esse tema das lendas do Rio Paraná para as escolas, e fazer isso com a ajuda de bonecos e sombras, a forma como como fazemos os espetáculos é uma novidade para nós, e gera curiosidade não só pelo formato, mas também pelo seu conteúdo”, a diretora do espetáculo Taty Ravedutti.
Além dela, os atores José Castillo e Léo Pontes também integram o elenco, cada um com sua caixa produzida por artistas da cidade. Léo construiu sua caixa adaptada ao teatro de sombras para contar a história do Urutau. “O pássaro Urutau possui hábitos noturnos, então logo pensei no escuro e nas sombras. A caixa foi construída como um ninho de sombras, feita para abrigar o olhar e a presença da/o espectador/a, numa breve viagem pela mitologia da Ave-Fantasma”.
As outras caixinhas viraram cenários com toque de outra artista, Dani Valiente, que utilizou tecidos e feltro para recriar o fundo de um rio, e uma floresta. “O espetáculo é parte de uma série de pesquisas feitas pelo grupo. Estamos desenvolvendo esses estudos sobre lendas e histórias da região que precisamos levar para as comunidades e especialmente para nossas escolas”, confirmou Castillo.
O projeto é realizado pela sociedade civil e recebeu o aporte do Fundo Municipal de Incentivo Cultural (edital 01/2022), e o apoio da Prefeitura de Foz do Iguaçu, por meio da Fundação Cultural. Segue com apresentações gratuitas em diversas localidades.
Confira na agenda:
Dia 08/06, 13h – Parque Nacional do Iguaçu, em Céu Azul em celebração à Semana do Meio Ambiente
Dia 11/06, 9h30 e 14h30 – Colégio Arnaldo Isidoro, em Foz do Iguaçu
Dia 12/06, 9h30 – Escola Municipal Princesa Isabel
Dia 14/06, 9h30 e 13h30 – espetáculo e oficina de teatro Lambe Lambe, na Estação Cultural da Vila C nova João Sampaio.
Dia 16/06, a partir das 10h – Feirinha da JK – Espetáculo de encerramento, da temporada.
com informações do Diário de Foz, parceiro do Busão Foz
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