A Praça do Mitre, em Foz do Iguaçu, se transformou no ponto de encontro para o ato pacífico planejado para o último sábado (22), pela manhã, depois que a coordenadora pedagógica da Escola Duque de Caxias foi agredida por uma mãe de aluno, no início deste mês.
O caso mobilizou colegas de profissão, comunidade escolar e até representantes de outras categorias de servidores. Faixas, panfletos e adesivos pediam paz no ambiente escolar e serviram de fonte de informação sobre os diversos tipos de violência a serem combatidos.
O panfleto entregue aos participantes e a motoristas, nos semáforos próximos, explica, além dos atos que representam a violência física (tapas, socos, chutes…), também as atitudes que configuram violência psicológica (humilhações, ameaças, chantagem…), virtual (publicações em autorização, comentários depreciativos…), violência moral (xingamentos, injúrias, difamações…) e violência patrimonial (depredar espaços públicos, vandalizar, roubar e furtar…).
A diretora da Escola Municipal Duque de Caxias, Roseney Braz de Oliveira Matias, onde foi registrada a agressão no dia 13 de março, usou o espaço de fala para expressar a sensação de insegurança coletiva que a violência gerou. “Até telefonemas a gente está tendo todo cuidado para responder, carros que param na frente da escola a gente já fica atento, mantemos os portões trancados, mudamos o acesso das crianças à escola, pedimos ajuda constantemente para a Guarda Municipal e isso atrapalha todo o andamento da escola,” lamenta ela.
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A diretora ressaltou que a situação envolve uma servidora pública exemplar, que é “a primeira a chegar e a última a sair e que é o esteio da escola”. Com o justificado afastamento dela por 15 dias (respaldado por atestado), os demais profissionais precisaram assumir múltiplas funções, acarretando em sobrecargas de todo tipo.
A mãe, responsável pela agressão, foi encaminhada à delegacia e deve responder por lesão corporal, mas o que agravou ainda mais o clima de insegurança foram ameaças proferidas durante a agressão.
O Sindicato dos Professores e Profissionais da Educação da Rede Pública Municipal de Foz do Iguaçu (Sinprefi), responsável pela organização do ato, ofereceu assessoria jurídica necessária à servidora agredida e à escola.
“Nós entendemos que a questão da violência é abrangente e que precisamos nos unir para defender os profissionais e a estrutura física das unidades escolares também. Há muitos pais que apoiam nossas mobilizações e isso fortalece nosso objetivo,” comentou Viviane Fiorentin Dotto, presidente do Sinprefi.
Durante o ato, as vereadoras Marcia Bachixte, Valentina Virginio e Yasmin Hachem usaram o microfone para manifestar apoio à iniciativa e aos profissionais. Os dirigentes sindicais, Aldevir Hanke (Sismufi) e Ari Luis Jarczewski (APP/Sindicato-Foz), além de outras entidades presentes como o Conselho Nacional de Segurança Privada (Conasep), representado por Fernando Lima, deram apoio ao ato e foram firmes na defesa da integridade física e moral dos servidores públicos de todas as categorias e esferas.
Diretores e professores que atuam na rede pública relataram, publicamente, as situações vividas nas unidades escolares em que trabalham, comprovando a necessidade urgente de uma ação mais efetiva em prol da paz nas escolas e cmei´s do município.
com informações do Diário de Foz, parceiro do Busão Foz
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