Curitiba tem abrigo exclusivo para atender pessoas em situação de rua com covid-19

A Prefeitura de Curitiba abriu mais um abrigo emergencial para acolher pessoas em situação de rua, desta vez para casos confirmados de covid-19. A unidade de acolhimento institucional Santo Expedito fica no Jardim Botânico e tem 55 vagas para atender homens que precisam de cuidados e isolamento.

Esta é a quarta unidade emergencial aberta durante a pandemia do novo coronavírus para atender pessoas em situação de rua, totalizando 175 vagas. As três primeiras – que recebem pessoas do grupo de risco da covid-19 e casos suspeitos – começaram a funcionar a partir de março, logo após o registro dos primeiros casos da doença na cidade.

O abrigo começou a funcionar na última quarta-feira (8/7) e conta com 21 acolhidos, todos sintomáticos e encaminhados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

O presidente da Fundação de Ação Social (FAS), responsável pela unidade, Fabiano Vilaruel, diz que a abertura da unidade busca a contenção da transmissão do vírus e proteção das pessoas acolhidas durante período de recuperação.

“Em função da condição em que vive, a população de rua é, neste momento, o grupo prioritário da assistência social no município”, explica.

Cuidados

Desde o início da pandemia da covid-19, a FAS adotou protocolos – como uso de álcool em gel, máscara e distanciamento – e ampliou o atendimento às pessoas em situação de rua de Curitiba. Além dos novos abrigos emergenciais, aumentou o número de unidades com atendimento 24 horas para essa população.

A medida foi garantida com a transferência temporária dos serviços de cinco Centros de Referência Especializados para a População em Situação de Rua (Centros Pop), que funcionavam das 8h às 17h, para casas de passagem, que atendiam das 19h às 7h.

Para reforço do serviço de abordagem social foram contratados 35 educadores sociais por processo seletivo simplificado (PSS) e outros 120 cuidadores para apoiar as equipes nos acolhimentos.

O fornecimento de alimentos foi ampliado em todos os acolhimentos e as pessoas que ainda não se vincularam aos serviços da assistência social e das demais políticas públicas são atendidas pelo Programa Mesa Solidária, parceria da FAS e da Secretaria Municipal da Segurança Alimentar (SMSAN) em parceria com organizações da sociedade civil.

A FAS também transformou a Praça Plínio Tourinho, no bairro Rebouças, em um complexo de atendimento para pessoas em situação de rua ou desabrigadas. O local está sendo chamado de Praça Solidariedade e conta com duas unidades de acolhimento com a oferta de alimentação, espaços para higiene pessoal, guarda-pertences, canil, lavanderia com tanques, máquinas de lavar e secar roupas.

Nos próximos dias, a Praça da Solidariedade ganhará também um centro socioeducativo e hortas.