Os caminhoneiros do Paraguai deflagraram, no início da madrugada desta segunda-feira (24), uma greve nacional por tempo indeterminado, paralisando praticamente todos os transportes do país. A mobilização é contra o aumento do preço dos combustíveis. Os trabalhadores prometem, para quarta-feira (26), fechar as fronteiras, em especial a Ponte Internacional da Amizade entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu (Brasil).
A Associação de Transportes de Carga de Ciudad del Este anunciou ontem pela manhã a adesão à greve nacional, liderada pela Federação dos Caminhoneiros do Paraguai. Na fronteira com Foz do Iguaçu, os caminhoneiros concentram a paralisação no Km 10 da Rodovia Internacional, que fica próximo à cabeceira da Ponte da Amizade e no Km 30, em Minga Guazú.
De acordo com Eladio Pereira, representante do sindicato da categoria, aproximadamente 300 trabalhadores aderiram ao movimento. Além da redução dos preços dos combustíveis, o setor pede o cumprimento de um acordo firmado com a Câmara Paraguaia de Cereais e Oleaginosas (CAPECO), em fevereiro passado, sobre o preço do frete.
A mobilização, por tempo indeterminado, afetou todo o país, segundo a imprensa do Paraguai. Eles prometem fechar a fronteira com o Brasil a partir de amanhã. O setor espera uma resposta do governo após uma reunião com representantes, que estava prevista na tarde de ontem – até o fechamento da edição não havia ainda uma conclusão.
Braços cruzados
A estimativa é que 40 mil caminhoneiros estejam paralisados, representando 90% da classe. “Iniciamos (paralisação) em todo o país por tempo indefinido. Temos vários pontos, ganhamos por comissão. Pedimos ao governo que instale uma comissão interinstitucional”, disse Diego Bogarín, representante do Sindicato dos Trabalhadores de Cargas Nacionais e Internacionais.
Bogarín concorda que o movimento afeta a economia do país, mas que é a melhor maneira dos trabalhadores serem ouvidos pelo governo. “A partir de quarta-feira será fechada a fronteira e afetará inclusive o transporte de soja. Essa mobilização será em todos os pontos do país”, adiantou o líder classista.
A Câmara Paraguaia de Supermercados (Capasu) acredita que se a greve se prolongar poderá afetar a cadeia logística de produtos e o abastecimento à população. Os caminhoneiros exigem um preço justo pelo frete após o aumento do combustível. Nos pontos de mobilização, eles liberam o trânsito de veículos de passeio e ônibus de hora em hora.
As informações são de GDia
com informações do CabezaNews, parceiro do Busão Foz
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