As universidades estaduais de Maringá (UEM), Londrina (UEL), Ponta Grossa (UEPG) e do Oeste do Paraná (Unioeste) estão entre as 100 melhores da América Latina, segundo o “Latin America University Rankings 2021” da revista inglesa Times Higher Education (THE). Os dados refletem o ano de 2019 e foram divulgados nesta terça-feira (13), em evento sediado na Universidade de São Paulo (USP) e transmitido remotamente.
A revista, fundada em 2004, é responsável por ranquear a lista das melhores universidades do mundo. O ranking avaliou 177 universidades de 13 países da América Latina. Os critérios adotados são os mesmos aplicados no ranking mundial da THE. São considerados indicadores de desempenho em cinco áreas: ensino, pesquisa, citações, perspectiva internacional e renda da indústria – que avalia a transferência de conhecimento entre a iniciativa pública e privada.
Para o coordenador de Ciência e Tecnologia da Superintendência Geral da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Marcos Pelegrina, é possível notar uma evolução no desempenho das universidades na classificação ao longo dos anos.
“Nossas instituições de ensino conquistam a cada ano melhores posições nas avaliações internacionais. Isso é reflexo do empenho e dedicação dos professores, agentes universitários e alunos somados aos investimentos estratégicos realizados pelo Governo do Estado. A cada ano as universidades estaduais avançam rumo à excelência no ensino, pesquisa e nas atividades extensão”, afirma.
AVALIAÇÃO
A UEM saltou 33 colocações e agora alcança a posição 48º do ranking. A universidade evoluiu nas avaliações de ensino e pesquisa, internacionalização e recursos externos.
Nos critérios de análise, a UEM apresenta melhora significativa em ensino e em pesquisa, além de ligeira ascendência em internacionalização e em captação de recursos externos. “Ensino apresentou a melhor avaliação, a nota passou de 52,9 para 69,1. Pesquisa apresentou o maior aumento, pulou de 34,4 para 64,3”, destaca Bruno Montanari Razza, chefe da Divisão de Planos e Informações da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UEM.
O professor explica que esse ranking usa os mesmos dados enviados para o THE Wur, ranking mundial de universidades, mas são reanalisados e utilizada uma metodologia diferente para a classificação.
A UEL também ganhou três posições e agora está entre as 47 melhores universidades da América Latina. É, também, a 28ª entre as instituições de ensino superior brasileiras. A instituição manteve o bom desempenho nos quesitos de ensino, pesquisa e renda da indústria.
De acordo com a diretora de Avaliação e Informação Institucional da Pró-reitoria de Planejamento da UEL, professora Elisa Emi Tanaka Carloto, o item melhor avaliado este ano foi renda da indústria, com nota superior a 84.
Segundo a professora, o resultado representa o esforço da instituição no trabalho de transferência do conhecimento, desenvolvimento de novas patentes, geração de royalties e demais aspectos ligados à cadeia produtiva nas mais diversas áreas. Neste quesito a UEL pulou de 35,3 no ano passado para 84,2 na mais recente pesquisa.
“Foi um aumento de mais de 100%, que reflete a política de inovação da UEL considerando o ensino, a pós-graduação e o relacionamento que mantemos com o setor produtivo, uma mudança de mentalidade que começa a aparecer e a gerar novos frutos”, avaliou a diretora.
A Unioeste também subiu colocações na classificação, comparada à classificação de 2020. A universidade foi da faixa 100-125 para a posição 74º. A UEPG se manteve entre as 90 melhores, ocupando a 86ª posição.
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