Os sindicatos dos Auditores e dos Analistas Tributários da Receita Federal em Foz do Iguaçu anunciaram uma Operação Padrão inédita, que ocorrerá entre os dias 21 e 23 de maio. Essa ação irá intensificar o movimento grevista que já está em andamento desde dezembro do ano passado.
Durante a operação, os fiscais vão aumentar a rigorosidade na fiscalização nas principais pontes de fronteira, como a Ponte Internacional da Amizade e a Ponte Tancredo Neves. Isso deve causar atrasos no fluxo e na liberação de mercadorias, o que pode impactar o comércio local e o transporte de produtos.
Ainda assim, os sindicatos garantiram que a liberação de produtos essenciais, como alimentos perecíveis e medicamentos, continuará sem interrupções, buscando assim reduzir os efeitos negativos para a população e o setor produtivo.
Essa intensificação do movimento surge como resposta à falta de propostas do governo federal para recompor as perdas salariais acumuladas desde 2016. Além disso, as resoluções 7 e 8 do Comitê Gestor do Programa de Produtividade da Receita Federal diminuíram de forma drástica a remuneração variável da categoria, o que é visto como uma retaliação ao direito de greve.
Denúncias de Enfraquecimento Institucional
Os sindicatos também criticam a política de desvalorização institucional da Receita Federal, que piora com a escassez de pessoal em Foz do Iguaçu. Atualmente, não há auditores e analistas suficientes para atender à demanda, o que deve se agravar com a abertura da nova ponte para o Paraguai, sem previsão de aumento no quadro funcional.
Essa situação compromete a fiscalização aduaneira, a arrecadação tributária e o combate a atividades ilegais, impactando diretamente recursos para políticas públicas e serviços essenciais. A desvalorização dos servidores representa uma ameaça a uma instituição fundamental para a soberania do país e a justiça fiscal.
Compromisso com a Sociedade
Os sindicatos lamentam os transtornos causados e reforçam que a mobilização é essencial para garantir reconhecimento das carreiras e a preservação da Receita Federal como instituição pública. Eles destacam que estão abertos ao diálogo com o governo federal em busca de medidas que assegurem respeito, valorização e dignidade profissional para os Analistas Tributários e Auditores Fiscais.
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