Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Paraná Debate Autodeterminação Judaica com Especialistas

A Assembleia Legislativa do Paraná promove audiência pública sobre a autodeterminação judaica

A Assembleia Legislativa do Paraná realizou, na terça-feira (13), uma audiência pública intitulada “Autodeterminação Judaica”. O evento, que ocorreu no Plenarinho, reuniu especialistas e lideranças religiosas para discutir a história e os direitos do povo hebraico, além do sionismo, que busca garantir um Estado onde judeus possam viver suas tradições. O deputado Delegado Tito Barichello (União), proponente da iniciativa, destacou a importância do debate sobre temas sensíveis e atuais.

Contexto do conflito em Israel

No início da audiência, Barichello mencionou o recente ataque do Hamas a Israel, ocorrido em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1,2 mil pessoas e no sequestro de mais de 250, incluindo crianças e idosos. Ele descreveu o ocorrido como uma “barbaridade contra cidadãos desarmados”, comparando-o a um “novo Holocausto”. Além disso, o deputado reforçou a posição histórica dos judeus sobre Canaã, afirmando que houve um grupo terrorista, referindo-se ao Hamas, que ataca complicando a situação dos palestinos.

Propostas e ações futuras

Durante a audiência, Barichello anunciou que enviará ofícios a várias autoridades, incluindo o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e instituições internacionais, como a ONU e a OEA. O objetivo é compartilhar as conclusões do encontro e solicitar apoio para o povo judeu. Ele também propôs a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa de Israel, similar à que foi estabelecida no Rio Grande do Sul.

Opiniões e reflexões

A vereadora de Curitiba, Delegada Tathiana, descreveu os ataques como um “Holocausto repaginado” e reconheceu a contribuição dos judeus no Brasil. “A autodeterminação dos povos é a liberdade plena de uma nação decidir seu próprio caminho”, argumentou.

O presidente do Likud Brasil, Fabio Rosenfeld, ressaltou a importância de promover informações precisas e desmentir fake news relacionadas ao sionismo e à população israelense, que, segundo ele, é formada por diversas etnias e religiões.

O professor de religião Shemuel Zakai enfatizou que o sionismo não é um partido, mas um movimento de libertação que busca abrigo para judeus perseguidos. Ele defendeu o direito de Israel à autodefesa em um contexto de conflito histórico.

Críticas à narrativa midiática

Beny Yehudah, presidente da Associação Cultural OCIB, abordou os dados acerca do número de mortos em Gaza, argumentando que muitos são combatentes apresentados como civis. Ele criticou a manipulação da narrativa midiática, que, segundo ele, utiliza o termo “genocídio” como uma arma política contra Israel.

Shimon de Oliveira, vice-presidente da Associação Anussim Brasil, também comentou sobre a história da Palestina, sugerindo que a situação vivida pelos cidadãos em Gaza está vinculada a um lobby em favor do terrorismo.

Odacir Prigol, advogado e defensor da liberdade religiosa, citou a importância de proteger esse direito, que foi conquistado com luta ao longo da história. Por sua vez, o jornalista Ben Blar Tavinho elogiou a iniciativa do deputado Barichello, destacando a necessidade de proteção para o povo judeu em um contexto global desafiante.

Conclusão

A audiência pública “Autodeterminação Judaica” na Assembleia Legislativa do Paraná se propôs a ser um espaço para discutir a condição do povo hebraico e o sionismo, refletindo sobre as complexidades do atual conflito no Oriente Médio.