Com a pandemia da COVID-19, a preocupação com a desinfecção dos ambientes e superfícies cresceu e as tecnologias estão, a cada dia, evoluindo para sanar esta demanda. No Instituto Senai de Tecnologia (IST) em Meio Ambiente e Química, localizado em Curitiba, estão sendo desenvolvidos um aparelho portátil de desinfecção de ambientes e cases para higienizar celulares.
Ambos foram selecionados pela chamada Saúde Tech, que teve como objetivo promover o controle e combate à COVID-19, promovida pelo Senai no Paraná, Governo do Estado e com a Fundação Araucária. Além destes, outros oito projetos serão desenvolvidos em Institutos Senai de Tecnologia e Inovação no Paraná, e os resultados deverão ser entregues em até quatro meses. “O Senai tem como objetivo atender as indústrias no contexto de inovação, com o apoio à formatação de novos produtos, melhorias de processos, novos modelos de negócio, com foco em gerar novas receitas e/ou mitigar despesas que afetam a competitividade das organizações. No contexto da pandemia do coronavírus, os Institutos Senai estão apoiando empresas no desenvolvimento de soluções de mercado que embarquem tecnologias já existentes, mas até não integradas para resolver problemas da sociedade”, aponta Antoine Moreau, Coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Instituto Senai de Tecnologia em Meio Ambiente e Química e também da Aceleradora Sistema Fiep na Cidade Industrial de Curitiba.
A startup Lince Informática, por exemplo, está desenvolvendo um case de assepsia de celulares por meio de radiação ultravioleta. “O celular já é conhecido como um vetor potencial para a propagação de germes como bactérias e vírus, entre os quais o Sars-Cov-2, causador da pandemia de Covid-19. A descontaminação frequente desses dispositivos é muito importante, especialmente em ambientes de circulação controlada de pessoas, como hospitais, indústrias, comércios e serviços com fluxos constantes de indivíduos. Então, realocamos nossa equipe para esse projeto, que, nesta etapa, consiste em formatar e ofertar rapidamente ao mercado um case com foco na assepsia frequente e ágil de celulares em ambientes hospitalares, especialmente considerando os dispositivos das equipes que estão na linha de frente do combate ao coronavírus”, conta Leonardo Ramon Bermudez Alvarez, fundador da Lince Informática.
Já a Mão Colorida, indústria de comunicação visual de Curitiba, conta também com o apoio do IST em Metalmecânica, localizado em Maringá, para desenvolver um aparelho portátil de desinfecção de ambientes. O aparelho tem duas funcionalidades e é desenhado para aprimorar a qualidade do ar e realizar a assepsia de superfícies. O produto foi projetado pela designer de produto Ana Claudia Gabardo e a doutora em engenharia aeronáutica Viviane Gaspar Ribas El Marghani. Lembra uma pequena luminária e é capaz de eliminar microorganismos em ambientes de até 60m², sendo ideal para salas de espera, escritórios pequenos, comércios e inclusive salas de aula. “A Mão Colorida tem uma equipe técnica qualificada e um parque fabril completo, com área de engenharia, equipamentos e impressão 3D. Além de amenizar a situação de pandemia que estamos vivendo, conseguimos manter a equipe ativa, uma vez que a produção caiu”, explica Arivonildo Assunção de Souza, Gerente de Recursos Humanos da empresa.
Em ambos os projetos, o papel do Instituto Senai de Tecnologia em Meio Ambiente e Química, por meio de seu laboratório de microbiologia, é testar e validar a eficácia das soluções, a segurança de operação e a experiência dos usuários durante o uso.
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