Gilmar Piolla apresenta em “Ecos da Inquietude” um convite à reflexão, definindo o ato de ser livre como “desenhar o próprio caminho com giz de cera, sabendo que a chuva pode apagar.” O livro traz uma proposta de travessia e espelho, dividido em quatro temas: ser, querer, viver e sentir. Ao invés de oferecer respostas definitivas, a obra instiga perguntas que nos conectam à essência humana.
Inspirado por grandes autores como Paulo Leminski, Mário Quintana e Friedrich Nietzsche, Piolla desenvolve uma voz própria. Sua poesia reflete a ironia sutil de Quintana e o humor filosófico de Leminski, ao mesmo tempo que navega pela introspecção de Pessoa e pela recusa de Nietzsche em aceitar verdades absolutas. O autor não imita; ele dialoga e, desse encontro, se afirma como um intérprete de suas inquietações.
Transitando entre cotidiano e transcendental
Com formação em jornalismo e uma vocação poética natural, Piolla flui entre o comum e o profundo. Seus haicais reinventam a forma tradicional, enquanto os poemas mais longos exploram temas de amor e desencanto, dúvida e desejo, rotina e espanto.
O prefácio de Caco de Paula o descreve como um “poeta de mente aberta”, característica que permeia “Ecos da Inquietude”. O autor se vê como um aprendiz da vida. “A poesia deve ser um território de liberdade”, afirma na nota do autor, e realmente proporciona ao leitor amplas possibilidades de interpretação, criando um espaço para a reflexão.
Pequenos e grandes questionamentos
A obra mistura imagens da natureza com elementos da vida contemporânea, capturando uma série de inquietações. Em “Fronteira desvairada”, a tríplice fronteira — local onde Piolla reside — é retratada com nuances que contrastam a beleza das Cataratas do Iguaçu com a realidade das rotas clandestinas. Em haicais como “Resiliência”, a superação é abordada com humor: “Às vezes, o fardo / pede mais que paciência — / um saco de resiliência”.
A pluralidade do livro é sua força. “Ecos da Inquietude” não se restringe a um único estilo; é tão diversificado quanto seus leitores. Suas inquietações são universais, pois não tentam domesticar o caos, mas sim acolhê-lo.
Poesia como espaço de conexão
A obra reafirma a poesia como um lugar de respiro e encontro, entre o momento e a eternidade, entre o riso e a dúvida. Piolla nos oferece versos que não prometem calmaria, mas sim companhia. Afinal, como ele diz, “as palavras só ganham vida quando encontram outras vidas”.
Lançamento no dia 31 de maio
Para convidar a reflexão e a interação, o autor realizará o lançamento de “Ecos da Inquietude” no dia 31 de maio, das 15h às 19h, no Café Boutique (Hotel Wyndham), em Foz do Iguaçu. O evento incluirá recital, exposição de poesias, apresentação de uma banda de jazz e degustação de vinhos — uma celebração que mesclará arte e sabores. Para confirmar presença, acesse o link: clique aqui para confirmar sua participação.
“Ecos da Inquietude” conta com o apoio cultural de Urbia Cataratas S.A, Loumar Turismo, Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, Liberty Duty Free, Viale Hotéis, Marco das Três Fronteiras, AquaFoz Foz, Café Boutique, Wyndham Golden Foz Suítes, Café Dona Irani e Gráfica Patras e Grand Carimã Foz.
@fozdiario
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