O 1º Encontro de ONGs Provopar – Conexões que Transformam realizado na manhã desta terça-feira (26), na Assembleia Legislativa do Paraná, marcou a celebração dos 41 anos do intenso trabalho social desenvolvido em todos os municípios paranaenses pelo Programa do Voluntariado Paranaense. “Juntos podemos continuar transformando a vida de muitas pessoas”, afirmou Patrícia Luciane Santos de Lima, presidente do Provopar, associação civil, sem fins econômicos e lucrativos, criado há mais de quatro décadas.
Durante o encontro, Patrícia falou sobre a atuação do Provopar, que surgiu em 1983, com o objetivo de promover a assistência social, educacional, beneficente, cultural, ambiental, saúde e geração de renda. Ela destacou que a missão de todos – funcionários, conselheiros e voluntários – é contribuir para o desenvolvimento social e o bem-estar da comunidade, por meio de ações que visam melhorar a qualidade de vida das pessoas em situação de vulnerabilidade. A presidente do Provopar explicou que para alcançar os objetivos são desenvolvidos e implementados programas e projetos em diversas áreas da assistência social. São diversas iniciativas que oferecem apoio e atendimento a comunidades e famílias em situação de vulnerabilidade, buscando garantir seus direitos e promover sua autonomia. Também são feitos investimos na educação e na saúde.
A deputada Cristina Silvestri (PP), 3ª vice-presidente e proponente de evento, enalteceu e parabenizou o trabalho, através de uma mensagem gravada em vídeo. A parlamentar e a deputada Mabel Canto (PSDB) estão representando o Poder Legislativo no V Fórum Internacional Mulher Mariposa, em Paris (França), discutindo igualdade de gênero, direitos humanos e empoderamento feminino. “Vocês transformam vida por meio da solidariedade. São protagonistas de lindas histórias”, disse a deputada Cristina.
A importância das atividades do Provopar foi, igualmente, destacada pelos deputados Alisson Anthony Wandscheer (SD), que presidiu a solenidade; e o deputado Hussein Bakri (PSD), líder do Governo. Ambos agradeceram funcionários, conselheiros e voluntários pela dedicação, citando a trajetória cheia de conquistas e o impacto transformador de cada ação feita em prol da comunidade. Na avaliação de Bakri, que já foi prefeito e acompanhou de perto a atuação dos voluntários, o Provopar tem sido um exemplo, fazendo a diferença na vida de muitas pessoas. “As prefeituras não têm condições de fazer o que vocês fazem”, acrescentou a vereadora Sargento Tânia Guerreiro (PODE), da Câmara Municipal de Curitiba.
Atuação de forma integrada
“Ninguém aprende sem afeto”, garantiu o Subtenente Everton Marcelino, que falou aos participantes sobre o tema “Inteligência Emocional”. Ele enfatizou a importância da inteligência emocional no cotidiano de cada um, já que ela representa a capacidade de identificar e lidar com as emoções e sentimentos pessoais e de outros indivíduos. Observou que aqueles que precisam de apoio – numa referência ao público atendido pelo Programa de Voluntariado – estão em busca de suprir suas necessidades básicas. Por isso, na maioria das vezes, “não conseguem fazer escolhas inteligentes”, alertou. Na avaliação dele, é fundamental estabelecer um relacionamento interpessoal com essa comunidade: “Nosso papel é levar dignidade para quem não tem”, sublinhou.
Na sequência, a assistente social Maria Vanderléia, diretora da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba, fez uma detalhada explanação sobre as atribuições da instituição, que atua em todos os bairros da Capital do Estado. A FAS é a responsável pela gestão das políticas públicas da assistência social e do trabalho e emprego no município, atuando de forma integrada com órgãos governamentais e instituições não governamentais. Maria Vanderléia informou ainda sobre a documentação que as instituições do terceiro setor devem apresentar para ter acesso aos recursos públicos, o que vai permitir a execução dos projetos. Ela orientou sobre os processos e a legislação vigente.
Longa parceria com a sociedade
Em 1980, através da iniciativa do Governador Ney Braga, foi criado pelo Governo do Estado, um projeto vinculado à Secretaria da Saúde e Bem-Estar Social, que atuava em parceria com a sociedade civil, empresas, instituições e órgãos governamentais. Tinha por objetivo, colocar em prática programas sociais, projetos de geração de renda e atendimentos emergenciais nos casos de calamidade pública. No início, o trabalho de voluntariado era mantido pelo Governo, e a então primeira-dama Nice Braga, era a responsável por seu funcionamento. Mas, em 1983, por inspiração da primeira-dama, Arlete Vilela Richa, esposa do Governador José Richa, nasceu o Provopar Estadual, transformado em Organização Não Governamental (ONG).
Hoje, no encerramento do 1º Encontro de ONGs Provopar – Conexões que Transformam, que lotou o espaço do Plenarinho Deputado Luiz Gabriel Sampaio, participantes do evento e voluntários, que integram essa imensa corrente do bem, foram homenageados com certificados.
Leave a Reply