Ação contou com oficinas e participação da governança de meio ambiente, de urbanismo, de turismo, poder público e sociedade civil
A Secretaria Municipal de Turismo e Projetos Estratégicos (SMTU) participou de um ciclo de encontros para a construção do Plano de Manejo e do Plano de Uso Público do Parque Natural Municipal do Bosque Guarani, do dia 11 a 14 de novembro. O Parque foi criado pelo decreto 31350/2023 (antigo Zoológico Bosque Guarani) em 2023, com o objetivo de preservar o espaço natural, proporcionar um aproveitamento turístico, além de trazer um resgate cultural e histórico do território à cidade.
Durante a semana, os participantes puderam assistir às oficinas dedicadas à temática e contribuir com a construção do documento, manifestando suas expectativas e necessidades. As ações ocorreram na Sede do Fundo Iguaçu, com exceção ao último dia, quando foi realizada no próprio Bosque Guarani. Estiveram presentes a governança de meio ambiente, de urbanismo, de turismo, o poder público e a sociedade civil.
Para André Alliana, secretário de Turismo e Projetos Estratégicos, as oficinas foram essenciais para que os documentos fossem feitos de maneira integrada e seguindo as diretrizes do município.
“Nós da Secretaria Municipal de Turismo entendemos que este espaço merece um olhar e dedicação, por ser emblemático na cidade. Foram quatro dias intensos de estudos, debates e discussões, para que no futuro esse espaço seja utilizado pela sociedade de Foz do Iguaçu, pelos turistas que nos visitam e seja um local de visibilidade da cultura dos povos originários da nossa região”, explica o secretário.
Segundo o diretor de Captação de Investimentos e Projetos Estratégicos, Diogo Araújo, os Plano de Manejo e Plano de Uso Público do Parque Natural Municipal do Bosque Guarani elaborados visam também transformar o espaço em um exemplo de gestão responsável, de unidades de conservação.
“Com a participação da sociedade, estamos projetando um Parque que incentiva o turismo consciente, facilita o aprendizado sobre a biodiversidade local e valoriza os aspectos culturais”, comenta.
E reforça a relevância da iniciativa. “Nosso compromisso com este projeto reflete a importância de criar políticas de uso público, que harmonizem a conservação ambiental com o desenvolvimento sustentável do turismo e do lazer”, finaliza o diretor.
Dentre as temáticas das oficinas estavam: introdução ao Plano de Manejo; a definição da missão, visão e valores da unidade de conservação; identificação dos recursos; elaboração da declaração de significância; zoneamento do espaço; estabelecimento da zona de amortecimento, normas de uso; entre outras.
Para Paula Martins Escudeiro, coordenadora da Empresa Geo Brasilis, empresa organizadora das oficinas, iniciativas como essas são fundamentais para que o projeto atenda à cidade como um todo.
“Essas oficinas permitem que as vozes da comunidade sejam ouvidas e levadas em consideração na construção do Plano de Manejo. Elas ajudam a identificar as necessidades e expectativas dos moradores e futuros usuários do Parque, o que é essencial para garantir que o espaço atenda às demandas da população e se integre ao ambiente urbano de forma harmoniosa”, afirma
Conforme o Decreto nº 31.350/2023, a elaboração do Plano de Manejo atende aos requisitos técnicos e legais para uso desta unidade de conservação municipal.
A Iniciativa é uma parceria da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), Secretaria Municipal de Turismo e Projetos Estratégicos (SMTU), Secretaria Municipal de Planejamento e Captação de Recursos (SMPC), Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAFI), Conselho Municipal de Turismo de Foz do Iguaçu (COMTUR), em parceria com o Fundo Iguaçu e com apoio técnico da Consultoria Geo Brasilis.
O Bosque Guarani
O Bosque Guarani foi criado em 1996, com o objetivo de dar finalidade à área, localizada no centro da cidade, na época degradada. Por muito tempo, ele atuou como um zoológico, estima-se que 150 animais já viveram no espaço.
Mas, em 2021, as atividades foram encerradas. A constante circulação de veículos e pessoas, ao redor do Bosque, gerou uma poluição sonora que prejudicava as espécies que ali estavam, sendo estes enviados para outras unidades de conservação.
Já em 2023, ele foi transformado no Parque Natural Municipal, a fim de tornar-se um local de turismo ecológico, um lugar de lazer da população iguaçuense e também um espaço de educação ambiental.
Em 2024, as atividades do Parque seguem encerradas, com exceção das ações do Centro de Educação Ambiental (CEAI).
A elaboração dos Plano de Manejo e Plano de Uso Público configuram-se como mais uma etapa para a requalificação da localidade.
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