A Prefeitura quer entregar concluídas todas as obras com prazo previsto até o final deste ano. O prazo foi confirmado pelo secretário municipal de Obras, Luiz Cezar Furlan. “As obras que tem contrato que vence até dezembro, seão entregues até dezembro, salvo algumas por intempéries climáticas ou fornecimento de material que podem atrasar a obra. Mas isso é de contrato prevendo que serão entregues esse ano. São poucas que estão com essa prerrogativa”, disse.
O secretário recebeu o GDia nesta terça-feira (22) e fez uma avaliação das obras de infraestrutura e equipamentos públicos nos sete anos e seis meses da gestão Chico Brasileiro (PSD). Ele é servidor público de carreira e se aposentou em setembro deste ano, porém continuou na gestão a convite do prefeito. Cezar Furlan revelou que sempre atuou, desde que entrou para o serviço público, no âmbito da pasta responsável pela execução das obras de infraestrutura.
Ainda sobre as obras que estão em andamento, com possibilidade de serem concluídas pelo próximo gestor, ele informou que existem poucas. Uma delas tem prazo é fevereiro, “mas o empreiteiro já esteve aqui, a obra dele está bem adiantada e vai entregar em dezembro, que é o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Maricota Basso, que está sendo reformado no Jardim São Paulo”
A força de contrato faz com que as empresas observem o prazo para execução. “Algumas empreiteiras, que é o caso essa da Avenida JK, que hoje era para estar com 25% da obra, estamos com 40%. A empreiteira adiantou, mesmo assim, não consegue entregar até o final do ano. Haja visto que o prazo é junho do ano que vem”. Furlan ressaltou que não tem as obras em CMEIs, escolas e campos de futebol com contrato até o final do ano.
Viárias
O secretário também falou sobre obras de extensão de avenidas, como as que estão ocorrendo na Jules Rimet e João Paulo II. A primeira, segundo ele, não é obra do município, “é (responsabilidade de) um loteador, que está abrindo um loteamento e por força de lei, quando você vai empreender e fazer um loteamento e se ali estiver passando uma rua, uma avenida, você tem que dar prolongamento nessa avenida”.
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A via faz parte do sistema viário e, ao longo dela, tem bastante áreas ainda que não foram loteadas próximo ao Jardim Copacabana. Quando os proprietários forem parcelar, eles terão que fazer a infraestrutura e entregar para o município”, ressaltou. Já a João Paulo II é uma obra do município, executada através de conversão de área e tem um prazo de fevereiro ou março para entregar.
“Não acredito que eles possam entregar antes. O empreiteiro fala que consegue. A obra não está tão adiantada assim, é diferente, feita com pavimento rígido, que é o caso do concreto”, revelou. O secretário destacou que o governo gostaria que terminasse até o final do ano. “Acho pouco provável que consiga. Mas está dentro do cronograma, tem prazo para entrega e vai seguir fazendo”.
Conversão de áreas
O programa, criado em 2022 na atual gestão municipal, permite a troca de áreas técnicas em loteamentos, por obras de uso público. Segundo Furlan, mais de R$ 40 milhões em obras já foram viabilizadas pelo sistema. “A Secretaria de Planejamento tem essa conta, chega próximo a R$ 40 milhões. É que só a obra da Avenida João Paulo II, chega a R$ 13 milhões. Aí tivemos várias outras obras, o CMEI do Dona Brigida que está em construção, com custo próximo a R$ 5 milhões”.
“Se pegar 13, com 5 já dá R$ 18 milhões. Aí temos várias outras obras de conversão, que é o caso da abertura da Avenida Safira, R$ 1,5 milhão. Pegamos ali a César Garcia Rocha, que é a última rua que tem à esquerda de Foz, próximo uma transportadora, de R$ 1,2 milhão. Várias outras obras que somadas passam de R$ 40 milhões”. Para o secretário, o programa será um grande legado a ser deixado pela atual gestão, inclusive com reconhecimento estadual no último dia 11 de outubro em Curitiba.
Escola da arquibancada
O secretário também falou sobre a questão da Escola Municipal Lúcia Marlene, que funciona há mais de 20 anos sob a arquibancada de um estádio de futebol na Vila Yolanda. Em relação a sede definitiva da unidade de ensino, obra definida pela comunidade no Orçamento Participativo de 2019, Furlan lembrou que o atraso foi provocado em parte pela resistência de moradores que não queriam a escola no local, uma área técnica da Prefeitura.
“Aí vencemos todas essas prerrogativas, licitamos a obra. A empresa que veio participar da licitação, infelizmente, faliu. Inclusive, ela tem mais três obras com o município e está sendo penalizada, por não terminar essas obras. São duas quadras, a cobertura da escola Zizo e da Josinete Holler. A empresa não concluiu a obra”. Além disto, teve outra obra não entregue pela empresa no Campos do Iguaçu.
A ordem de serviço foi dada em fevereiro de 2023, a construtora iniciou em novembro, no entanto, “não fizeram nada e, em fevereiro, rompemos o contrato por inexecução do objeto”. Segundo ele, a nova licitação já está no Departamento de Compras. “Provavelmente, nos próximos dias, vamos assinar um contrato e deixar para que o próximo gestor toque a obra”. Sobre a possibilidade de aluguel onde funciona a escola, Furlan disse que esta questão será debatida na área jurídica.
com informações do Diário de Foz, parceiro do Busão Foz
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