Que a criminalidade se reinventa diariamente já é fato. Todos os anos milhares de fraudes são identificadas pelas equipes de inteligência das forças policiais, envolvendo cartões de crédito, bilhetes de loteria supostamente premiados, sequestros infundados, estelionatos eletrônicos, dentre outros. Para não ser vítima, é preciso muita atenção. Nos dias atuais, desconfiar é a palavra de ordem.
Neste cenário, a proximidade com as férias e festas de final de ano fez aumentar consideravelmente o número de casos envolvendo a venda de falsos pacotes de viajem, reservas de quartos em meios de hospedagem e promoções instantâneas. O golpe tem preocupado a rede hoteleira de Foz do Iguaçu, que vem registrando uma crescente de casos deste tipo nas últimas semanas.
De acordo com a assessoria de um grande grupo, que conta com diversos empreendimentos na fronteira, mais de 15 ocorrências têm sido contabilizadas diariamente nas unidades da rede. Os transtornos são grandes para os clientes, que perdem o dinheiro investido, e para os colaboradores dos hotéis, que enfrentam o estresse gerado pela ação.
Os estelionatários são ardilosos e utilizam, na maioria das vezes, sites clandestinos, mas meticulosamente projetados para enganar os visitantes, replicando a interface e o design de endereços oficiais. É preciso estar atento e se certificar de que a conexão é segura antes de realizar cadastros ou fornecer informações pessoais nas plataformas online.
Em outras situações, os criminosos reproduzem páginas oficiais dos hotéis nas redes sociais e entram em contato com os seguidores do perfil oferecendo promoções e sorteio de diárias. Em troca, eles pedem os dados pessoais de cada um e tentam clonar o número de WhatsApp do futuro viajante. Há ainda casos onde são disponibilizados links com vírus capazes de roubar senhas e dados dos usuários.
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Manter a prudência frente a preços muito atrativos e contatar diretamente o meio de hospedagem desejado pode evitar que seu nome entre na lista de vítimas. “Esses perfis falsos se aproveitam da boa-fé dos consumidores, oferecendo tarifas muito abaixo do normal e promessas de serviços que muitas vezes não existem. A desinformação e a falta de cuidado na hora da compra podem levar a situações constrangedoras e complicações desnecessárias”, ressaltou a representante de comunicação de uma rede de hotéis, Sumi Costa.
Caso tenha caído em algum golpe, o futuro hóspede ou os responsáveis pela pousada devem registrar um boletim de ocorrência. A Polícia Civil alerta que, por se tratar de um crime de estelionato, é preciso que, além do registro policial, seja feita uma representação criminal. Em Foz, as vítimas podem procurar a 6ª Subdivisão Policial.
Prejuízo
Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) mostram que o município registrou já registrou neste ano mais de 3,1 mil boletins de ocorrências por casos diversos de estelionato. A maioria das ocorrências envolve ações realizadas pela internet.
Uma pesquisa realizada pela OLX, uma das maiores plataformas de compra e venda online do país, aponta que os paranaenses tiveram prejuízo de R$ 2,9 milhões com fraudes em compras online no primeiro semestre de 2024.
De janeiro a junho de 2024, estima-se que a perda dos brasileiros em golpes digitais tenha sido de R$ 245 milhões, redução de 37% em relação aos mesmos meses em 2023. O estudo analisou dados do mercado digital brasileiro, incluindo sites, apps e contas digitais de janeiro a junho de 2024 e 2023.
com informações do Diário de Foz, parceiro do Busão Foz