Os projetos são o resultado de trabalhos desenvolvidos ao longo de 2024 pelos estudantes dos cursos técnicos em agropecuária, parte dos componentes curriculares do colégio. As soluções foram apresentadas para diversos públicos, incluindo visitantes de mais de 20 escolas da região, produtores rurais, agroempresários e representantes de empresas do setor agropecuário.
Reginaldo Vicente, diretor do Colégio Agrícola e organizador da feira, destacou a importância do evento para a formação dos alunos: “A feira permite que os estudantes interajam diretamente com líderes do agronegócio, proporcionando insights valiosos sobre as inovações e os desafios do setor. Isso amplia a visão dos alunos sobre as áreas de atuação no mercado de trabalho.”
Projetos práticos voltados ao setor agrícola
Durante a feira, os visitantes puderam conferir demonstrações práticas de mecanização agrícola, como o uso de tratores e colheitadeiras, além de inovações tecnológicas, como drones para monitoramento de cultivos. Também foram apresentados projetos de práticas sustentáveis e de manejo da saúde animal.
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Um dos projetos de destaque foi o “Paço Apícola”, desenvolvido por um grupo de alunos com foco na melhoria da produção de mel. A ideia consiste em cultivar jardins com flores específicas próximas a colmeias, o que aumenta a qualidade do alimento disponível para as abelhas, melhorando a saúde dos insetos e a qualidade do mel. “Em áreas urbanas, cultivar flores adequadas reduz a dependência de fontes de néctar contaminadas, o que é um avanço para o agronegócio”, explica Sofia de Campos, aluna envolvida no projeto.
Outro trabalho que chamou a atenção foi o da equipe liderada por Emily Isadora Ghelere, que abordou a saúde bucal dos cavalos. O estudo detalhou como problemas dentários podem afetar a alimentação e a nutrição dos animais, com consequências diretas na sua saúde e desempenho. A equipe destacou a relevância do cuidado odontológico em cavalos utilizados no trabalho rural, enfatizando o impacto na eficiência dos animais.
Sustentabilidade no cultivo do sorgo
Outro tema abordado na feira foi o plantio de sorgo, grão cada vez mais utilizado na produção de ração animal e na alimentação humana por ser uma alternativa ao milho. O projeto, liderado por Isaac Waldow Schmidt, destacou as vantagens do sorgo, como a eficiência no uso da água e sua resistência a pragas, tornando o cultivo uma opção mais sustentável. “O sorgo é uma alternativa viável em regiões com pouca disponibilidade hídrica e pode ser uma solução eficaz para a produção sustentável”, afirmou Isaac.
A importância dos CEEPs agrícolas
O Colégio Agrícola CEEP Manoel Moreira Pena faz parte de uma rede de Centros de Educação Profissional (CEEPs) agrícolas que abrangem 38 cidades do Paraná, com mais de 18 mil alunos matriculados. Além dos cursos voltados para o setor agropecuário, os CEEPs oferecem uma variedade de formações nas áreas de saúde, tecnologia e meio ambiente.
com informações do Diário de Foz, parceiro do Busão Foz