A experiência da Itaipu Binacional na gestão compartilhada de recursos hídricos, entre Brasil e Paraguai, e a relação da empresa com a comunidade que reside ao redor do Rio Paraná chamaram a atenção da Comissão do Rio Mekong (MCR), uma organização intragovernamental formada por quatro países do Sudeste Asiático: Camboja, Laos, Tailândia e Vietnã. China e Mianmar também são cortados pelo Mekong, que é um dos maiores rios do mundo em extensão, com 4,3 mil quilômetros.
Nesta segunda-feira (29), representantes da MCR participaram de uma visita técnica à usina e conheceram algumas das principais iniciativas da Binacional. O objetivo da visita, de acordo com o CEO da comissão, Anoulak Kittikhoun, de Laos, foi compreender como dois países superaram divergências para compartilhar um recurso natural e gerar riqueza. “O Mekong é um rio muito grande, passa por seis países, e cada país tem seus próprios projetos nacionais. Ainda não conseguimos unir investimentos para projetos [compartilhados] e a Itaipu é um ótimo exemplo.”
O grupo foi recebido pelo diretor técnico executivo, Renato Sacramento, que falou sobre as negociações diplomáticas entre Brasil e Paraguai que resultaram na Ata do Iguaçu, em 1966, e no Tratado de Itaipu, de 1973, que autorizou o aproveitamento dos recursos hídricos do Rio Paraná para geração hidrelétrica. Aspectos técnicos e de gestão da usina foram tratados pelo assistente da Diretoria Técnica Joni Madruga Garcia.
O superintendente de Gestão Ambiental, Wilson Zonin, e a gerente da Divisão de Reservatório, Simone Frederigi Benassi, fizeram uma apresentação sobre os projetos socioambientais, o cuidado com a água, as parcerias e a ampliação da área de atuação da Itaipu, na atual gestão, para os 399 municípios do Paraná e 35 do Mato Grosso do Sul.
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Jessica Maris da Rocha Maciel, da Divisão de Iniciativas de Responsabilidade Social, detalhou alguns projetos do setor, entre eles, o Grupo de Trabalho Itaipu – Saúde (GT Itaipu Saúde), que atua no fortalecimento de políticas públicas de saúde nos municípios da região de tríplice fronteira entre o Brasil, Paraguai e Argentina.
Anoulak Kittikhoun destacou que 17 milhões de pessoas vivem ao redor do Rio Mekong e a ação compartilhada, a exemplo do histórico e das iniciativas socioambientais da Itaipu, pode evitar que um projeto nacional tenha impacto negativo em outro país. “Queremos facilitar a cooperação e desenvolver projetos em conjunto, a exemplo da Itaipu.”
No período da tarde, além da visita técnica, coordenada pela Divisão de Relações Públicas, os integrantes da Comissão do Rio Mekong conheceram a Unidade de Demonstração de Biogás, instalada em frente ao Mirante do Vertedouro, e a Planta de Hidrogênio do Itaipu Parquetec, com acompanhamento da Assessoria de Energias Renováveis.
com informações do Diário de Foz, parceiro do Busão Foz
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