Estimular as meninas e adolescentes a conheceram as diversas profissões na área da pesquisa científica. Este é um dos objetivos da deputada Luciana Rafagnin (PT) ao protocolar projeto de lei que institui a Campanha de Incentivo e Valorização das Mulheres e Meninas na Ciência.
A deputada explica que as mulheres ocupam, principalmente, as profissões e os afazeres ligados ao cuidado e que é preciso superar estes estereótipos de gênero, em especial, a ideia de que determinadas profissões são masculinas e outras femininas.
“É fundamental que existam iniciativas do Poder Público que estimulem mulheres e meninas a seguirem as mais diversas áreas de ensino, inclusive as áreas de tecnologia, engenharia e exatas”, explica.
A campanha proposta por Luciana será permanente e desenvolvida no decorrer do ano letivo, nas instituições públicas e privadas da educação básica e do ensino superior. Serão realizadas oficinas, seminários, palestras e debates nas escolas. Também será criado um acervo digital sobre a história das mulheres cientistas do Paraná, com base na trajetória profissional e sua contribuição nas pesquisas científicas, entre outras ações.
A ideia da campanha surgiu de uma conversa que a parlamentar teve com quatro estudantes da UFPR, que participaram em 2023 do Parlamento Universitário, iniciativa da Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa.
Luciana lembra que dia 11 de fevereiro é celebrado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A data foi criada em 2015, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, com o propósito de promover a conscientização sobre a importância da igualdade de gênero no campo científico. “A igualdade de gênero na ciência não pode se resumir apenas a uma data no calendário oficial do estado, é importante assumir um compromisso de longo prazo na promoção da igualdade de gênero”, defende.
De acordo com estudos realizados pelo Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcelos (Ceensp), com o tema “Mais Meninas e Mulheres nas Ciências: subsídios para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação”, foi identificado que as mulheres têm baixa representação em posições de destaque e liderança, principalmente no campo da ciência.
Conforme o instituto Serrapilheira, as mulheres são 57% do total de estudantes na graduação, 55% das bolsas de iniciação científica e apenas 36% entre os que recebem bolsas de produtividade em pesquisa do CNPq (aquelas destinadas a doutores com uma trajetória acadêmica sólida). No mundo, por sua vez, apenas 30% dos cientistas são do gênero feminino.
Leave a Reply