O ex-juiz federal Sergio Moro se filiou ao Podemos Paraná, na manhã desta quarta-feira (10), em uma cerimônia em Brasília. O ato marcou o indicativo de que o ex-ministro da Justiça será candidato à presidência da República em 2022.
O ex-juiz titular da Lava Jato é tido como uma tentativa de terceira via com possibilidade de votos nas eleições presidenciais, contra a polarização de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com as recentes pesquisas eleitorais, o ex-ministro já entraria na disputa com um potencial de 7% a 10% das intenções dos eleitores.
Durante o ato de filiação, Moro colocou seu nome à disposição do Podemos para ser candidato à presidência.
“Podemos construir juntos um Brasil justo para todos. Esse não é um projeto pessoal. Eu nunca tive ambições políticas, sempre quis ajudar. Mas, se para tanto, for necessário assumir a liderança desse projeto meu nome sempre estará a disposição”, declarou.
Moro explicou as últimas decisões tomadas, incluindo a de ser ministro do Governo Jair Bolsonaro.
“Quando aceitei o cargo não era por poder ou prestígio, queria combater a corrupção. Para isso, eu precisaria do apoio do Governo, que me foi negado. Nunca renunciarei aos meus princípios e ao compromisso com o povo brasileiro, não existe nenhum cargo que valha a alma de uma pessoa”, afirmou.
O senador paranaense Álvaro Dias reforçou que a filiação de Moro marca um novo momento da história do Brasil.
“Hoje aqui nos reunimos para fincar um marco de um novo rumo para esse país. Nesse período prevaleceu a beligerância política da radicalidade e do ódio, do confronto dos extremos, a polarização, a dicotomia, como se não existisse inteligência entre a extrema esquerda e extrema direita”, disse durante discurso.
A presidente do Podemos Nacional Renata Abreu enalteceu o nome do ex-juiz para, segundo ela, liderar o país.
“Um homem com coragem, com determinação. Um homem que teve a coragem de enfrentar o sistema. Que teve a coragem de largar sua profissão com estabilidade, com salário bom, para lutar pelo sonho de colocar o combate a corrupção como políticas públicas e que ao mesmo tempo teve a decência de não trocar os seus princípios por cargo nenhum. Esse é o homem que hoje aqui assume uma grande missão. O Brasil precisa de um líder com coragem, determinação e responsabilidade”, destacou.
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