O número de pacientes monitorados pela Central da Covid-19, o telefone 3350-9000, mais que dobrou em 15 dias, passando de 1,4 mil para 3 mil. Embora possa estar ligado a mais de um fator (como a chegada do frio, que aumenta casos de doenças respiratórias e a inclusão de pacientes com teste positivo realizados na rede privada), o número preocupa as autoridades da Saúde, porque revela um possível aumento de espalhamento do novo coronavírus no município.
São monitorados pela Central todos os pacientes que entram em contato relatando sintomas respiratórios (independentemente de haver confirmação de covid-19 ou não), pacientes com sintomas redirecionados da triagem on-line feita pelo sistema Sisa/Laura e pacientes sintomáticos atendidos em UPAs e unidades de saúde. Recentemente, foi incluído também neste monitoramento os pacientes com testes positivos realizados em clínicas particulares e farmácias, além daqueles com testes positivos atendidos em unidades de saúde e UPAs.
De acordo com a médica e diretora do Departamento de Atenção à Saúde da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, Oksana Maria Volochtchuk, o aumento no número de pacientes monitorados se deve à inclusão daqueles com teste positivo na rede particular, mas também demonstra um aumento do número de pacientes com sintomas respiratórios. “Isso é sinal de alerta para todos nós”, afirma.
O monitoramento realizado pela Central é importante no reforço das orientações de isolamento social dos pacientes que são acompanhados e também para que seja possível detectar mais precocemente casos de agravamento, para que o encaminhamento ao serviço de saúde seja feito o mais breve possível.
Pacientes com quadros leves recebem uma ligação a cada 48 horas. Já os pacientes com quadros moderados ou os considerados vulneráveis (idosos, diabéticos, hipertensos, imunodeprimidos, gestantes e crianças menores de 2 anos) recebem uma ligação por dia.
Segundo Oksana, a maior parte dos pacientes recebe bem o monitoramento realizado pela Central. Alguns, porém, não atendem a ligação, informam número errado ou estão com telefones desatualizados no cadastro de saúde.
“Há, ainda, alguns que bloqueiam nossas chamadas. Ou aqueles que deveriam estar em isolamento e quando ligamos descobrimos que não está em casa, aumentando o risco de contágio para outras pessoas”, adverte ela.