A Urbanização de Curitiba (Urbs) vai suspender a validade do cartão-transporte estudante até a volta das aulas presenciais nas escolas. A empresa, que administra o transporte coletivo na cidade, detectou um aumento no uso do cartão estudante nas últimas semanas, mesmo com as aulas presenciais suspensas. Ao todo são 7,8 mil passes escolares ativos na capital.
Na quarta-feira (13/5), 400 estudantes utilizaram o cartão no sistema de transporte coletivo. Em 13 de abril, esse número estava em 296 estudantes. A média de estudante usando os ônibus da cidade passou de 288 para 400.
“Não se justifica essa movimentação, já que as aulas estão sendo realizadas on-line.O cartão estudante é exclusivo para deslocamento para a escola. Vamos suspender a validade até a volta das aulas para evitar que esses estudantes contribuam para a aglomeração nos ônibus e corram o risco de contrair a covid-19 “, diz o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.
As aulas presenciais foram suspensas em escolas e universidades justamente para evitar a transmissão do novo coronavírus. Em março dois decretos do governo estadual (4.230 e 4.258) suspenderam as aulas presenciais nas escolas públicas e privadas no Estado. Nas escolas municipais, a suspensão começou em 23 de março.
O passe escolar é voltado para alunos matriculados em escolas de ensino regular fundamental, médio, técnico ou superior, residentes e estudantes em Curitiba. Aos alunos cadastrados, permite uma redução de 50% no valor da tarifa, com o direito a dois vales diários.
Fique em casa
A Urbs vem reforçando o apelo para a população fique em casa e só saia em caso de necessidade. Idosos são outro grupo que tem gerado preocupação, com o aumento do fluxo de pessoas com mais de 65 anos nos ônibus da capital.
A população idosa é considerada grupo de risco para a covid-19, mas muitos estão furando o isolamento e voltaram a pegar ônibus. Na quarta-feira (13/5), 16,7 mil idosos usaram o transporte coletivo. A média semanal de passageiros idosos no sistema, que estava em 11 mil há um mês, hoje está em 18 mil.
“Estamos pedindo para que a população idosa fique em casa e só use o transporte coletivo em extrema necessidade e fora dos horários de pico. Queremos preservar a saúde dessa população e evitar a contaminação. Estamos monitorando o fluxo e se ele continuar aumentando podemos adotar medidas como limitar a gratuidade somente para horários fora do pico, como das 10h às 16h”, diz o presidente da Urbs.