Pelo porte, ninguém diz, mas a girafa Pandinha, nascida e criada no Zoológico de Curitiba, no Alto Boqueirão, é a quarta girafa mais velha do mundo. Aos 30 anos, ela perde para uma girafa de Colombo, no Sri Lanka, que tem 32; e para as girafas Zuri, de Fort Wayne; e Gillian, de Tucson, as duas com 31 anos e residentes nos Estados Unidos.
Os dados são do studbook internacional da espécie, um livro de registro que contém informações genealógicas sobre os animais. “Fizemos a consulta à pesquisadora responsável pela atualização do material, Laurie Bingaman Lackey”, conta a Coordenadora da Divisão de Educação para a Conservação da Fauna, do Zoo, Claudia Bosa.
A pesquisadora faz parte da World Association of Zoos and Aquariums (WAZA) e da European Association of Zoos and Aquaria (EAZA).
Longeva e bem-cuidada
No Brasil, Pandinha, que nasceu em 1989, é a mais velha e já viveu o dobro da expectativa da espécie na natureza, que é de 15 anos. A explicação para a longevidade, de acordo com o diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna, da Secretaria do Meio Ambiente, Edson Evaristo, está no tratamento constante e multidisciplinar que ela recebe da equipe.
“Todos os animais do Zoo dispõem de abrigo, recebem alimentação de qualidade e balanceada, passam por cuidados médicos regulares, sejam eles preventivos ou tratamentos de saúde, e estão livres de predadores”, enumera Evaristo.
“Além disso, há maior enfoque na criação de habitats e ambientes sociais e interativos para que sejam mais felizes e menos estressados”, completa.
Tudo isso garante o bem-estar dos animais e contribui para os trabalhos de conservação das espécies e de Educação Ambiental.